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DIA NACIONAL DOS “mais experientes”

                                                                                                             Beto Carretta

        De acordo com o Censo Demográfico de 2022, o Brasil tinha 32.113.430 pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 15,6% da população brasileira.

        Vamos mais com as estatísticas que, para mim, representam muito por trazerem muitas informações.

        Já o Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com este mesmo Censo Demográfico tinha 2.193.416 pessoas com 60 anos ou mais, o que corresponde a 20,15% da população do estado, ou seja, em cada cinco moradores, um (1) possui 60 anos ou mais.

        Portanto, o RS é o Estado mais velho e com maior percentual de idosos deste país.

        Entre os dez municípios com maior índice de envelhecimento no Brasil, nove são do Rio Grande do Sul.

        Os três que ocupam o topo desta lista são todos gaúchos e possuem menos de 5 mil habitantes: Coqueiro Baixo (38,91%), no Vale do Taquari, União da Serra (38,12%) e Santa Tereza (36,74%) da população com mais de 60 anos.

        Coqueiro Baixo tem o maior índice de envelhecimento do país, com 277,14 idosos para cada 100 crianças e jovens de 0 a 14 anos.

        Hoje, 01 de outubro, é celebrado o Dia Internacional das Pessoas Idosas e o Dia Nacional do Idoso.

        Se bem que a nossa geração não é muito afeita a esta palavra “idoso”, é bem verdade, pois gostamos muito mais de sermos tratados com a alcunha de “mais experientes”.

        E, o que os governantes, os políticos em cargos administrativos, os empreendedores, o comércio, a indústria, o varejo, o turismo e os serviços, estão fazendo para voltarem o seu atendimento ao chamado público “mais experiente”?

        Vamos ser bem realista: NADA! ABSOLUTAMENTE NADA!

        Infelizmente, ainda hoje, não enxergamos e não ouvimos nada a respeito de tudo isso.

        Todos eles estão “encaramujados” quanto a estes fatos, tal qual as avestruzes: quando a caravana está passando, afundam o pescoço em buracos no chão.

Mesmo com toda esta estatística que aí está, para comprovar esta realidade, pois no Brasil a população 60+ quase dobrou em somente 12 anos, subindo de 8,7% para 15,6%, nada existe de concreto para atender a este público.

E os postulantes aos cargos no Legislativo e Executivo, o que falaram para vocês a respeito deste assunto?

Onde eles encaixam os seus discursos nessa realidade? Dia 06 de outubro é logo aí…

Afinal de contas, onde estão as ações políticas para atingir as necessidades desse público?

Como a acessibilidade não só nas ruas, mas também dentro dos estabelecimentos, que é um ponto crítico, como escadas, rampas de acesso, corrimãos, faixas antiderrapantes, para facilitar a vida dos “mais experientes”.

A vida tem que continuar…

E aqui não estamos falando de uma mesinha de carteado, uma aula de crochê, um chazinho para depois um filmezinho…estamos falando de turismo, de viagens, de atividades físicas e mentais, estamos falando de agitação, de dança, de bailes…estamos falando de vida ao ar livre, arejada, com muita praia, chope, churrasco e uma boa música…ou uma casa no campo onde eu posso compor muitos rocks rurais…

“Vamos embora viver, vamos para onde tudo pode acontecer, inclusive nada…pé na areia, a caipirinha, água de coco, a cervejinha…”

Ou, “eu quero uma casa no campo…onde eu tenha a certeza, dos amigos do peito e nada mais…”

Para que hospitais, pronto atendimento e farmácias fiquem longe, muito longe da nossa geração, contudo, tenham em mente políticas acessíveis e não preços absurdos que vemos por aí, como também a existência de políticas públicas e de empreendedores, para toda essa população que está tendo já, aqui e agora, com o maior crescimento, não só no nosso Estado, como em todo o País.

Um grande abraço a todos e todas da geração, “MAIS EXPERIENTES”!!

E dê-lhe baile…