AGENDA l Até que ponto você acredita…

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…em pesquisas eleitorais?

         De antemão e para que não caiamos na armadilha da polarização, esqueçamos cores partidárias, números e resultados.

         Certa vez eu li de um jornalista conceituado que as pesquisas nada mais são do que “os sintomas daquele momento”.

         Consequentemente dá para se deduzir que na verdade não reflete os resultados que poderão advir nos números finais.

         Óbvio.

         Não deixa de ser uma observação verdadeira e de percepção lógica.

         Isso se, e sempre existe um “se” na história, tal pesquisa tenha fidedignidade, é claro.

         E é aí que chegamos ao ponto crucial do título desta conversa: Até que ponto você acredita em pesquisas eleitorais?

         Pois desde o momento que alguém, por qualquer desconfiança, seja o motivo que for, duvidou de uma pesquisa, tenho por mim que todas elas caíram em descrédito.

         Ainda mais que, algumas dessas pesquisas afirmavam a vitória do candidato ou candidata A ou B, e, no resultado final quem obteve a vitória foi o candidato ou a candidata C.

         Era a gota d’água que faltava para que tais pesquisas caíssem em total descrédito, mesmo que tentem provar de todas as formas as suas lisuras com o processo de colhimento dos dados.

         A impressão que fica é que ninguém mais põe fé nesses dados, a não ser, é claro, as assessorias de partidos e candidatos que a tenham encomendado e, que, tentam convencer com os números, aos eleitores.

         Dizem que nos bastidores existem duas pesquisas que sempre são feitas…

         Aqui vale um adendo para informar que toda e qualquer pesquisa para ser divulgada nos órgãos da imprensa e até mesmo em panfletos e informativos particulares, é preciso que sejam registradas no Cartório Eleitoral e estejam dentro das normas estipuladas pelo “tse”.

Por mais que a justiça eleitoral imponha normas ou leis para tornar lícito o processo destes números, infelizmente o brasileiro sempre dá o seu “jeitinho”.

         Na medida que estes números, que não condizem com a realidade são descobertos, imediatamente a própria justiça eleitoral manda recolher e, com certeza é imposta alguma penalidade para aquela coligação ou candidato.

         E foi nessas idas e vindas que elas, as pesquisas, foram perdendo credibilidade e hoje, é muito fácil desqualifica-las por este ou aquele motivo.

         Eis aí o que as tornou totalmente desacreditadas.

         A não ser quando estes mesmos números favoreçam ao candidato A ou ao B e, que são a preferência do eleitor, então, as pesquisas tornam-se verdadeiras e fidedignas.

         Normal, quando neste país levar vantagem passou a ser um rastro de inteligência, de esperteza, de vencedor e oportunista, mesmo que aí não esteja presente o reflexo da verdade.

         O que era para ser um norte, um balizamento dos pretensos aos cargos políticos desta nação no processo eleitoral, a princípio tornou-se uma grande piada e de mau gosto.

…porque o papel aceita tudo.

Difícil ficou em acreditar nestes processos.

“Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay.”