Os partidos não contam
Contam?
E onde estão as ideologias? A história, as realizações, os nomes que ficaram? E os compromissos?
Tudo, mas tudo mesmo somente está no papel e o papel aceita tudo.
O que, aqui do outro lado, apenas se vê é, fundo eleitoral, fundo partidário, fundos sem fundos…
Uma grande lástima: os perdulários do nosso dinheiro.
Quer se queira ou não, já está aí nas ruas os “tapinhas nas costas”, os apertos flácidos de mão, e a lábia corriqueira do “vota em mim” porque eu fiz ou vou fazer…
Complicado e muito constrangedor para os eleitores, aliás, para todos.
Eu fico só imaginando… sou completamente a favor do “voto não obrigatório”.
Só assim livra o eleitor honesto, bem-intencionado e ciente de suas obrigações cívicas e comunitárias de querer ou não votar, de ter ou não um candidato para chamar de seu, e, de dizer “na lata” para quem deve ouvir: eu não vou votar! – como se dissesse que não havia ali nenhum candidato de sua preferência.
Todavia, sim e é evidente que existe o voto em branco, e quem é que disse que ele (o voto em branco) não vale?
Não vale para o cômputo total, pois não é somado, mas vale sim e muito pelo protesto, pela repulsa, pela insatisfação das opções existentes.
Isso os políticos profissionais detestam, ou seja, o voto em branco ou nulo.
Ah, mas vai dar aos outros a oportunidade de eles elegeram quem eles querem, por sua ausência, por sua não escolha em nomes disponibilizados …, porém, logo ali e como é de praxe, a resposta vai estar na ponta da língua: – eu não votei nesses aí, aliás, eu votei em branco, portanto, não me acusem, não me incriminem pelas circunstâncias.
A bem da verdade, os candidatos trazem na testa os nomes de seus partidos e, neste contexto é que são ojerizados, abominados e é justamente aqui onde encontramos o título desta crônica: os partidos não contam.
Onde é que está aquela proposta de que candidatos não precisariam de partidos para se candidatarem?
Ela existe…
O todo o que vale, e em tal circunstâncias, ou seja, nestas eleições onde você vai escolher o seu vereador ou prefeito, se é que você não vai votar em branco ou anular o seu voto, são as pessoas.
O que vale são as pessoas!
Neste momento entram diversos fatores, como por exemplo, quem é que você tem amizade, quem é que você, se precisar, pode contar, quem é que entrega a você confiança, entrega segurança, quem já provou sua honestidade, quem tem uma vida pregressa sem manchas, quem é que demonstra ou demonstrou vontade de trabalhar e, não apenas e tão somente querer um “salário”?
E, é exatamente por tudo isso que os partidos não contam, o que conta mesmo é a pessoa a quem você vai endereçar toda a sua confiança, entregar toda a sua expectativa no futuro, a esperança de melhores dias para si e para toda a comunidade.
O ato de votar é justamente isso, ou seja, ficar o tempo todo se equilibrando entre as escolhas e as consequências, por isso o valor do seu voto, o valor da pessoa de sua preferência, se é que existe.
As pessoas são importantes, você é importante…principalmente todas aquelas que não só tem o conhecimento, mas, possuem o coração cheio de amor, prontas para ouvir e ter as mãos para ajudar.
Lembrem-se disso.