Escondem-se as palavras…

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Sinceramente?

O melhor seria o silêncio, o abandono das horas, a taciturnidade, pelo pretexto da dissimulação dos vocábulos, termos, verbos, nas frases inseridas no contexto da tristeza e das saudades que vão andar por aí.

É evidente, insofismável e contextual a expressão significativa do pesar, da carência e das partidas…

Viver nesses momentos é tão difícil quanto respirar a vida, porque um fim, na dor, não cabe em nenhum lugar que tenha a justificação congruente, harmônica, sobre a existência e, o perecimento.

Vai entender…!?

Renê Descartes afirmava que o conhecimento das coisas é inato ao ser humano e propunha um método dedutivo como ponto inicial de qualquer conhecimento que se pretenda verdadeiro, claro e distinto.

E o que é verdadeiro, claro e distinto se, não, à morte em nossas existências?

Ir ao encontro de nosso Criador, eis a grande verdade de todos os nossos dias, contudo, em muitas das vezes ela é imprevista, como ainda ontem sofremos, mas, também sempre o queremos (o imprevisto), no entanto, ao que se refere aos “imprevisimos” dos dias, das datas e anos.

Nunca estamos e nunca vamos estar preparados para viver as partidas e, muito mais em sermos os atores destes infaustos acontecimentos.

Mas, é Lei Maior.

Resta-nos ser subservientes à Ordem Divina.

Este mesmo filósofo francês, Descartes, considerava que a alma é a substância pensante, inextensa, espírito ou pensamento e, portanto, não morre, não perece e nem se modifica.

O que, na verdadeira acepção do crédito em suas verdades, nos leva a acreditar que nem tudo vai desaparecer, ao contrário, porque a matéria (corpo), sim, tem o seu fim, contudo a alma inextensa, o espírito, aí sempre vai estar junto conosco que, aqui, ficamos.

E, está justamente aí o que nós todos temos que, de agora em diante, nos afirmarmos, porque a partida imprevista sim, ela existiu, no entanto a alma, a bondade, a presteza, o amor, não, isto não morreu, pois que ficou para nós, principalmente, como uma grande lição e, que, nunca deveremos esquecer.

Está claro que aqui, nesta folha em branco que, precisa e deve ser tingida pelo incomensurável sentimento de gratidão em Deus Maior ter permitido a convivência com esta Grande Alma que “É”, nosso grande amigo Queco, elas (as palavras) somem-se, desaparecem…

Sim, elas se calam, como se calam nesses momentos os poetas, os cronistas, os arautos do cotidiano…

Pois que verdadeiramente, é inefável, inenarrável conseguir transladar da alma e coração, o que ele nos foi na vida.

Então, somem-se as palavras.

Ficam as saudades…

Um sentimento forte e perene em todos nós de que fomos amados por este grande amigo que ainda ontem nos deixou…

Saiba, “parceiro véio”, a tua distância é um véu, a ausência é apenas um fio de tempo, e a amizade de todos nós nunca irá combalir, porque ela é eterna.

Descansa em paz, Quequinho!