Pois já estamos em 2025, quem diria…e é porque já trilhamos nossas caminhadas até aqui…
Para muitos, principalmente a juventude, talvez nada vai trazer suas atenções, mas deveria, porque, principalmente eles, com os cuidados devidos e a Graça do Bom Deus vão chegar ao ano de 2025, deles… que poderá ser em 2065, quem sabe 2085, sabe-se lá e, quem dera, 2095…
Assim como nós, que hoje, estamos iniciando a viver os nossos trezentos e sessenta e cinco dias do ano de 2025.
Não é fácil envelhecer.
…os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto (já falei isto aqui, em outra oportunidade); e, os próximos trinta, quarenta, cinquenta anos, nos dão os subsídios para os comentários, parafraseando Ingmar Bergman, produtor e escritor sueco.
E, é exatamente estes (os comentários), que estamos tecendo.
Como também é preciso ter coragem para pensar, falar e escrever…
Pois que, nesta etapa da vida, nós sabemos de antemão que cada dia que passa, mesmo que vivamos intensamente (e assim deve e tem que ser), sabemos que não é um dia que ganhamos, mas um dia que “entardecemos”.
A vida se faz assim.
Marcelo Rech, jornalista gaúcho, certa oportunidade disse: “Cronistas são visionários vocacionados a deixar o coração entrever retalhos…ferramenta da emoção para tocar o leitor”.
Precisamos e temos que ter a devida coragem para enfrentar a vida de frente e dizer a verdade: Não é fácil envelhecer.
E o segredo da boa velhice não é outra coisa a não ser ter um pacto honrado de sapiência e destemor com a vida.
É preciso ter a inteligência de não lamentar demais o que deixamos para trás, e, sim, em todos os dias que estão à frente, comemorar justamente tudo aquilo que alcançamos.
É um processo de desacelerar os passos com sabedoria, olharmo-nos no espelho pela manhã e aceitar o novo rosto refletido, aceitar o corpo com dignidade e, encarar os medos com a altivez que a colhemos com o passar dos anos.
É preciso aceitar a vida como ela é, pois que aí está a ser trilhado, mais um ano, o 2025, porque, mesmo que a cada dia mais “entardeçamos”, ainda assim, e os jovens não acreditam, mas estamos também aprendendo.
Eu diria que envelhecer é reaprender…a caminhar com as nossas dificuldades, é ver o nosso semblante e aceitar, é conviver com as nossas comorbidades, e não ter medo de ir em frente, muito embora, como já dissemos, a cada dia não é um dia que ganhamos, mas sim, um a mais nas nossas histórias.
Li por aí, esses dias, algo parecido com isso: “…precisamos ir sabendo dizer adeus sem deixar a poesia, lembrar sem se perder, e chorar até que as lágrimas abram espaços para novos sorrisos, novos desejos, outras tantas alegrias…”
“…não, não é fácil envelhecer. Mas, em cada cicatriz, em cada memória, reside a prova de uma vida vivida, com intensidade, coragem e humanidade.”
Enquanto o tempo nos leva embora como o vento, temos por triunfo as memórias que nos chegam de volta, eternizando nossos bons momentos.
Não é fácil envelhecer, mas estamos envelhecendo.
… e vivendo e aprendendo.
Adelante, 2025!