Agenda
É aquele tal negócio: se os empresários, os detentores de cargos públicos e políticos não começarem a defender esta causa, muito em breve perderão seus clientes.
O que estou querendo dizer é que a população dos “sessenta anos/mais”, logo em seguida serão a grande maioria neste país, e o Rio Grande do Sul será o primeiro Estado a possuir a maior população deles.
Sendo assim, é preciso que as autoridades tenham/façam/criem políticas expressivas e benéficas para este nicho, pois serão a total grande maioria.
Entendam eles como quiserem…
Porém, não era este o assunto que eu pensei em conversar com meus diletos leitores e leitoras.
Numa “nice”, e olhando de frente para o espelho, noto que a nossa geração já possui alguma “diferença”, totalmente ao contrário quando nossas mamães nos falavam na tenra idade: “meus cascuriscos de burucuntum!”
A imagem pode não ter a leveza de dantes, mas carrega muito menos culpas, do que quilos de anos atrás.
Estamos nos tempos em que temos a honra e a vontade de escolhermos os nossos amigos prediletos (mesmo que poucos), já muito longe de termos que conviver com oportunistas e com falsidades.
Somente os leais e confidentes, agora, é que caminham junto a nós e isto nos dá a paz e a tranquilidade o suficiente para que nossos passos sejam, mesmo que, talvez, um pouco bambas, mas mais leves e descontraídos.
A idade de agora nos faz esquecer nossos erros, aqueles que foram importantes e que nos ensinaram a andar no trilho certo das coisas e, isto nos faz aceitar o passado, porque ir em frente não nos exige mais corrigir o que ficou e o que não fizemos.
Não temos mais a ansiedade da juventude, o desejo de fazer o que precisa ser feito, de arrumar o que tem que ser arrumado, de vencer o que está por acontecer, pois de um jeito ou de outro, nós já vencemos.
Eu não tenho mais que na hora exata e dentro do tempo estipulado arrumar minha casa, de pentear os meus cabelos, de aceitar visitas, eu não tenho que dar satisfações a ninguém, mesmo que eu faça uma grande festa em minha casa e para os meus amigos, mesmo porque os vizinhos nem vão escutar a festa.
A conversa é suave, não há gritos…um suave violão toca as nossas músicas brandas, pacíficas e melodiosas… existe paixão.
Os relacionamentos conturbados ficaram pelo meio da estrada.
Existe paz.
Temos os livros, podemos nos passar desapercebidos, desligamos o celular e vivemos, pois, nossos sumiços um tanto esperados, mesmo assim, todos sabem aonde estamos.
Um bom jogo de futebol, o do time do coração…se começar a perder, não existe sofrimento, apenas um “off” no controle remoto e vamos bebericar um vinho no silêncio de nossas músicas no Spotify, por que não?
Bee Gees, Beatles, Celine Dion…Roberto Carlos…
Nossas alegrias e nossos sorrisos estão sempre de cara limpa, não existem efeitos especiais e, quando o sono vem, o melhor lugar de aconchego e introspecção com a vida que nos interessa, está no ágio de nosso espírito, está na cama e colchão, nos braços macios da magia dos nossos sonhos, sempre.
Que assim seja.
“Envelhecer, isto é ter a felicidade de chegar…para não envelhecer, morreríamos jovens.”
Thyago