Emater/RS-Ascar divulga dados atualizados da Fruticultura e da Olericultura no RS

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Uva ou laranja? Batata ou tomate? Você sabe qual frutífera e olerícola ocupam maior área no Estado? Quais envolvem mais famílias? Quais se destacam na sua região ou município?

Para avaliar essas e outras informações, a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), concluiu os Levantamentos da Fruticultura e da Olericultura Comercial do RS – 2023. Os dados foram coletados e registrados pelas equipes nos 497 municipais gaúchos, entre março e maio deste ano, e permitem fazer um retrato da fruticultura e da olericultura comercial do RS, em termos de área, produção, produtividade e unidades produtivas para cada cultura e município, inclusive em ambiente protegido.

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Os dados foram apresentados na manhã da última quarta-feira (30/08), na Casa da Emater/RS-Ascar na Expointer, pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, acompanhado pelo presidente Mara Saalfeld e pelo diretor administrativo Alexandre Durans, pelo secretário da SDR, Ronaldo Santini, e pelo diretor-presidente da Ceasa/RS, Carlos Siegle de Souza.

Conforme Balsissera, tanto a fruticultura como a olericultura cumprem um papel estratégico para o abastecimento, segurança e soberania alimentar. E o valor agregado por hectare (de R$ 47.400,00/ha na fruticultura e de R$ 85.757,00/ha na olericultura) mostra que ambos os setores são intensivos na geração de renda e ocupação de mão de obra, que abrange mais de 20% da população rural do Estado. Ainda segundo ele, as informações obtidas também são importantes para embasar a proposição de políticas públicas específicas para as principais cadeias de frutas e de olerícolas do RS.

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Dados da fruticultura

De acordo com o Levantamento, 36 espécies frutícolas são cultivadas em uma área total de 133.273 hectares, envolvendo 47.369 Unidades Produtivas (UPs) e gerando uma produção de 2.653.401 toneladas, o que representa um valor estimado aproximado de R$ 7,5 bilhões. Em relação ao último censo, realizado pela Emater/RS-Ascar em 2020, houve um aumento de 16,1% na produção (367.953 toneladas).

A uva de indústria, com 863.391 toneladas, produzidas por 13.311 UPs, numa área de 41.533 hectares, se mantém na liderança, sendo Flores da Cunha o município maior produtor da fruta, destinada à fabricação de vinhos, sucos e outros derivados. Na segunda posição vem a maçã (592.058 ton; 766 UPs; e 15.681 ha), destacando-se Vacaria  como o maior produtor da fruta, cultivada no RS por pequenos, médios e grandes produtores e empresas. O cultivo dessas duas frutíferas está concentrado nas regiões da Serra e Campos de Cima da Serra.

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Em seguida vêm duas citrícolas: a laranja (297.688 ton; 7.405 UPs; e 14.461 ton), cujo maior produtor é o município de Alpestre, no Norte do Estado; e a bergamota (164.358 ton; 4.581 UPs; e 9.488 ha), predominante na região do Vale do Caí, em especial no município de Montenegro, mas com expansão de área em diversas regiões.

Ocupando a quinta posição em termos de produção, a banana (152.018 ton; 2.831 UPs; e 11.737 ha) é cultivada de forma tradicional no Litoral Norte do RS, sendo Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul e Mampituba os maiores produtores do RS. Já a produção de melancia (145.133 ton; 1.231 UPs; e 6.527 ha) é destaque nos municípios de Encruzilhada do Sul, Rio Pardo e Rosário Sul.

Outras culturas importantes são o pêssego de mesa (81.500 ton; 2.368 UPs; e 4.902 ha), cultivado na maior parte na região da Serra, e o pêssego de indústria (56.955 ton; 1.002 UPs; e 4.909 ha), concentrado na região Sul do Estado.

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Mas as frutícolas que apresentaram os crescimentos mais significativos em termos de produção nos últimos três anos, comprando-se os levantamentos de 2020 e 2023, foram a nogueira pecã e a oliveira. A nogueira pecã (4.767 ton; 1.502 UPs; e 6.373 ha) permeia diversas regiões do RS, mantendo-se o município de Cachoeira do Sul como o maior produtor. Esta frutífera apresentou um incremento de 114,19% na produção. Também é emergente no Estado a oliveira (5.680 ton; 221 UPs; e 5.271 ha), cultivada nas regiões Centro-Sul, Central, Campanha e Fronteira Oeste. Esta cultura apresentou o maior crescimento, de 168,74%. Destacam-se como maiores produtores os municípios de Canguçu, Pinheiro Machado e Encruzilhada do Sul. Uma das razões para o aumento da produção dessas duas frutícolas é que, à medida que os pomares atingem uma idade maior, se tornam mais produtivos.

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Dados da olericultura

Ainda de acordo com o levantamento, 53 espécies olerícolas são cultivadas em uma área total de 71.789 hectares, envolvendo 46.361 Unidades Produtivas (UPs) e gerando uma produção de 1.570.699 toneladas, com uma produtividade média de 21.879 kg/ha. Em relação a 2020, o aumento na produção foi de 15,19%, e na produtividade, de 8,21%.

As principais olerícolas produzidas no RS são batata (530.423 toneladas, produzidas por 879 UPs, numa área de 15.685 hectares), principalmente nas regiões dos Campos de Cima da Serra e Nordeste, sendo São Francisco de Paula e Bom Jesus os maiores produtores, e a couve-brócolis (172.246 ton; 2.079 UPs; e 11.897 ha). São José dos Ausentes e Bom Jesus são os grandes produtores desta olerícola, na qual o RS vem despontando como grande produtor.

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O tomate, de todos os tipos (115.836 ton; 3.095 UPs; e 1.327 ha), é destaque de produção em municípios como Caxias do Sul, Nova Bassano e Pelotas; e o aipim (125.567 ton; 5.640 UPs; e 8.221 ton), nos municípios de Santo Antônio da Patrulha, Novo Hamburgo e São José do Hortêncio.

A cebola (128.998 ton; 3.728 UPs; e 4.327 ha) é cultivada nas regiões da Serra, Sul e Nordeste, destacando-se os municípios de São José do Norte, Tavares e Nova Pádua.

O cultivo da alface (93.464 ton; 3.681 UPs; e 6.194 ha) ocorre em diversas regiões do Estado, sendo os maiores produtores Maquiné e Caxias do Sul.

Outras olerícolas expressivas no RS são o repolho (84.888 ton; 2.409 UPs; e 2.333 ha), a batata-doce (65.683 ton; 3.183 UPs; e 4.187 ha), a cenoura (48.505 ton; 1.093 UPs; e 1.460 ha), a moranga cabotiá (38.222 ton; 1.567 UPs; e 3.518 ha), o milho verde (31.299 ton; 1.131 UPs; e 2.484 ha), a couve-flor (29.665 ton; 1.445 UPs; e 1.609 ha), a beterraba (29.549 ton; 1.061 UPs; e 1.061 ha) e o alho (11.042 ton; 623 UPs; e 1.082 ha).

A produção dessas 14 olerícolas citadas, todas com área cultivada acima de mil hectares, alcança um valor estimado superior a R$ 5,6 bi.

Do total de estabelecimentos que cultivam olerícolas, 5.020 produzem em ambiente protegido (em estufas ou sob túneis ou telas), ocupando área física de 2.116 ha, com volume produzido de 55.571 toneladas.

Outros eventos

Ainda pela manhã, na Casa da Emater/RS-Ascar, ocorreu o lançamento do 28º Congresso Brasileiro de Fruticultura e o 5º Encontro Nacional de Olivicultura, que acontecerão no Centro de Eventos Fenadoce, em Pelotas, de 06 a 10 de novembro. Os eventos têm o apoio da Emater/RS-Ascar e deverão reunir cerca de 1,5 mil pessoas.

Os eventos contam com ampla programação de fóruns e conferências, feira e de trabalhos e outras ações, na busca de oportunizar a capacitação e a atualização técnica dos participantes em diversas temáticas, inovações e tecnologias.

Sem seguida, aconteceu um painel com o tema “Otimização da Pecanicultura”, com o diretor-presidente do Instituto Brasileiro da Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Basso, que juntamente com Arlindo Maróstica e Tales Poletto, apresentou um relato sobre as experiências e desafios  do pomar de noz pecã do produtor Arlindo Maróstica.

Crédito foto: Rogério Fernandes

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expointer