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Pois bem, prezados leitores e leitoras, vejam bem o que escrevi lá no ano de 2013, portanto há dez anos, que vocês podem achar que não é muito, mas em dez anos, se escreve uma história e tanto.
Crônica escrita aqui neste jornal no dia 31/07/2013.
No início você vai achar que não está entendendo nada, mas depois vai chegar a uma conclusão.
COMO ENTENDER?
“O governo decidiu criar uma “Agência para Água da Chuva”.
Não o brasileiro, mas o governo alemão.
Preocupada com a quantidade de temporais e alagamentos, a prefeitura de Berlim criou a instituição que deverá ter um papel central no processo de adaptação para as mudanças climáticas.
Mas nada de cabide de emprego. A equipe contará com três funcionários.
Terá como principal missão evitar a inundação do sistema de esgoto da cidade.
Entre as ideias iniciais está o planejamento de ruas e calçadas que não sejam completamente cobertas de concreto ou asfalto”.
(Zero Hora – 22/05/18 – Informe Especial)
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O que você acabou de ler é um tópico que traz o jornal Zero Hora, mas que surpreende sobremaneira, se o leitor for astuto, e prestou atenção.
Às vezes, procurar entender o ser humano é uma das tarefas mais difíceis, visto que nem mesmo nós nos entendemos.
Nem o tão propalado desenvolvimento e a dita modernidade da Alemanha, pode-se confiar, em outras épocas.
Pior, pois isso foi uma verdadeira involução.
Pois bem, o que queremos dizer é que acontecem coisas absurdas, sem planejamento e muito menos visão futura da vida, e das pessoas.
Sinceramente, na Alemanha, para mim, é uma surpresa.
Mas como se viu e se leu, acontece.
Mas os alemães!!?? Sim, também os alemães e no primeiro mundo.
Antes de qualquer discussão mais exacerbada, críticas com tons bélicos e preferências políticas, é preciso que se arregimente tal acontecido, como uma lição.
Todo o aprendizado é enriquecedor, portanto, nobre.
Entendo que já nesta altura do texto você saiba do que estamos falando, ou escrevendo.
Eis que estamos falando das irresponsabilidades e atos desvairados que vemos por aí, nas salas burocráticas e emperradas do poder público.
Vamos lá: antigamente, muito antigamente, nossas ruas e calçadas eram constituídas de chão batido, sem calçamentos.
Desconfortáveis, poeirentas, subdesenvolvidas, daí então, em nome da evolução, vieram as pavimentações.
Primeiro, as tijoletas e os paralelepípedos, depois lajotas, asfalto, e também o concreto.
Eis aqui o erro crasso, pois não houve um estudo mais aprofundado, não houve planejamento, ou desconhecimento total de causa e efeito.
Mas não desconfiar que pavimentações de asfalto ou concreto geraria impermeabilização do solo?
Então, com “as modernidades”, vieram as tempestades e as enchentes.
Detecção: a água já não infiltra mais no solo, ao contrário, inunda ruas e cidades, invade os prédios, transborda rios e lagos, desabriga famílias inteiras, e ocasiona imensos prejuízos.
Foi sim o homem, o bicho homem, o responsável por tudo isso.
gora praguejam: “Maldito asfalto, odiável concreto, lajotas e tudo o mais que inventaram… não houve um planejamento eficiente para essas modernidades, e agora?
Afinal, a água da chuva não tem mais para onde ir. . .”
Isso não deveria ter sido pensado antes, bem antes?
Vai-se também o dinheiro público empregado nessas intempestivas ações enchente abaixo.
Paga-se o alto preço da incompetência para voltar atrás.
(Entre as ideias iniciais está o planejamento de ruas e calçadas que não sejam completamente cobertas de concreto).
De verdade, e fica como uma grande lição, precisamos ser mais zelosos, pois existe um futuro para todos nós, principalmente nossos descendentes, se conseguirmos ser parceiros e amigos da natureza.
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Os erros de uns são lições para os outros; estes acertam porque aqueles erraram.
Mariano da Fonseca – Marquês de Maricá – político carioca