AGENDA
Esta história me contaram, e que foi repassada a quem me contou, primo do primo de um amigo do amigo dele…
Aliás, quase todas as histórias que já desfilaram por aqui me foram contadas (os créditos sempre são dos escritores, é preciso esclarecer), e algumas tantas, eu trouxe da minha estimada querência, Bagé-RS.
Pois bem, o fato dava-se na sala de “snooker” (jogo de bilhar, muito popular antigamente) de um clube desta cidade, onde esta atividade era muito intensa e, como em todos os esportes, existiam os grandes craques.
Sinceramente, quando esta história me foi contada, eu não entendi o fundamento de uma variedade de jogo no snooker em que, as bolas eram colocadas dentro de um recipiente fechado, ou seja, os jogadores não podiam ver as ditas cujas e, enfiavam a mão para sortear uma delas.
Acredito que, pela minha vã filosofia, isso era apenas e tão somente para saber quem iniciava o jogo…
E aí é que vem o principal: quem pegasse a bola preta, era o que tinha algum privilégio e este privilégio, “lo creo”, era iniciar o jogo, pois se fosse “um craque”, começava na bola “Ás” (nr.1) e entregava a mesa limpa, depois de ter feito a bola 7.
Muita gente acha que a bola preta é a mais importante, no entanto e só para somar aos conhecimentos deste esporte, nas regras que determinam o bilhar (conforme o Sr. Google), a bola branca é a que tem essa consideração.
Pois bem, voltemos aos fatos…
Neste clube existia uma turma que jogava onde, no sorteio das bolas “encarceradas”, quem tirasse a bola preta era quem tinha a vantagem.
Todavia, e não sabiam por que cargas d’água, sempre um mesmo jogador desta turma era quem tirava a bola preta.
Tinha muita sorte – diziam uns.
Outros não davam importância.
E, como tudo nesta vida, tinham alguns que “trocavam orelhas” …
Como é que em todo o sorteio das “bolas escondidas num saco fechado” e totalmente sem poder enxergar o que havia dentro, este jogador sempre tirava a bola sete?
A resposta ninguém sabia.
Com toda a certeza, para alguém que tivesse um pouco de desconfiança, era natural que este “fenômeno” era arranjado, mas, para não tumultuar o ambiente, ninguém “abria o bico” para reclamar, afinal de contas, o que valia era a competência e habilidade naquele jogo.
Os tempos se passaram, o jogador ficou conhecido por todos e, muito mais por sua “sorte”, do que por suas habilidades, no entanto o segredo foi revelado depois de muitos e muitos anos após a sua “aposentadoria” nas salas de snooker deste mesmo clube.
Ele mesmo revelou.
Mas sim, então não era sorte?
Não, não era.
Nunca e em nenhum momento alguém desconfiou que este jogador era um adepto incontrolável (ao menos na sala de snooker), em chupar balas de hortelã.
Pois bem, todas as vezes que o sorteio era feito, ele dava um jeito de “melecar” a bola sete com “salivadas de balas de hortelã”.
Ao colocar a sua mão no “saco das bolas” na sua vez do sorteio, sempre pegava a bola melecada, que naturalmente era a bola sete.
Portanto, “sua sorte” era incrível.
Mas, e os outros jogadores, por que não pegavam a “bola melecada”?
As respostas ficam por conta de vocês…todavia e em minha vã filosofia, acredito que tinham aversão da bola melecada… só pode.