Mais uma enchente assolando o Rio Grande

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Hoje é quarta feira, feriado de primeiro de maio. Aqui no Vau dos Prestes chove desde domingo, sem parar. Está tudo alagado. Tudo molhado. Não vi ainda o Camaquã, mas vídeos no facebook mostram o tamanho da enchente. Muito grande.

Ainda temos sorte de não ter moradores próximos de locais alagáveis, e nossas casas, aqui no Vau, estão mais ou menos protegidas. Mas em outras regiões do Estado a coisa é muito séria.

Principalmente na região central, vales dos rios Jacuí e Taquari. É uma enchente de grandes proporções, que vem matando gente, bichos, e destruindo tudo por onde passa.

Vejo isso tudo pela televisão e pela internet, e sinto angústia e tristeza.

No ano passado, por essa época, quando se noticiou o fenômeno El Niño para o período seguinte, a expectativa era de um ano bom, com boas chuvas e safra de verão cheia. Em parte, uma profecia realizada. O Rio Grande colheu uma boa safra de soja.

Todavia, o El Niño está se mostrando exagerado. Pelo menos três enchentes catastróficas no período de um ano, contando com essa. Cidades destruídas, estradas destruídas, vidas destruídas.

Fica uma série de perguntas. Tais como “o que está acontecendo com o clima?”, “esses fenômenos são consequências do aquecimento global provocado pela ação do homem?”, “o que faremos se continuar acontecendo?”. E outras de ordem prática, “como consertar todo esse estrago?”, “e o pessoal que vem perdendo tudo que juntou, como resolver o problema deles?”

Interrogações preocupantes.

Por fim, uma constatação importante: mesmo com todos os avanços científicos conquistados, todo o poderio industrial da humanidade, existem forças da natureza muito maiores que nós.

Não podemos esquecer isso.