PAPO-RETO (Coluna de Opinião)

0
642
Crédito - Loic Venance/AFP

“A premiação de cada atleta olímpico é determinada de acordo com o comitê de cada país

Rebeca Andrade, que conseguiu quatro medalhas e se tornou a maior medalhista da história do Brasil, faturou R$ 826 mil. Biles, por sua vez, levou R$ 780 mil para a casa.

Vale destacar que a premiação de cada atleta olímpico é determinada de acordo com o comitê de cada país. O Comitê Olímpico do Brasil paga R$ 350 mil por cada medalha de ouro. Já, segundo a revista Forbes, os Estados Unidos premia os campeões com 37,5 mil dólares (cerca de R$ 216 mil), de acordo com a revista “Forbes”.

GZH – 06/08/2024

VOCÊS MERECEM MAIS, MUITO MAIS… 

         Pois esta notícia aí de cima, está no jornal Zero Hora, na edição de hoje, 06/08/2024, todavia, já ontem mesmo, percorreu as redes sociais.

         Sinceramente, eu tenho uma opinião muito bem definida, ou seja, ao deparar-me com estes valores sobre as premiações da nossa sensacional atleta, Rebeca Andrade e, por ter de pronto me espantado, é que volto a este espaço para comentar com vocês e trazer uma indagação (ou uma indignação?).

Aliás, indagação esta que estão todos vocês, leitores e leitoras, livres de formalizarem suas ideias e definições.

E então, afinal de contas, o que eu quero trazer para todos vocês?

De pronto e ainda ontem, quando conheci tais números, logo me “saltou aos olhos”, os valores premiados aos atletas olímpicos e o que os jogadores de futebol ganham.

Vamos ver se consigo concatenar os fatos para que vocês possam entender meu raciocínio.

Pois bem, os jogadores de futebol, e todos vocês sabem disso, ganham verdadeiras fortunas com salários e mais bônus de seus patrocinadores.

A vida profissional de um jogador de futebol vai aproximadamente de 16/17 anos até 36/37 anos, atualmente, portanto, vinte anos de “vida útil”, digamos assim.

Todavia, todos os meses e ao cabo de trinta dias, estes salários que são verdadeiras fortunas, estão lá nas suas contas de depósitos.

Tudo bem, e não sou nada contra tudo isso, afinal de contas os clubes e os seus patrocinadores pagam pela “arte” que eles produzem e encantam nos estádios de futebol do mundo todo.

Mas, vamos ao caso dos atletas olímpicos que, de quatro em quatro anos encantam o nosso Brasil… quatro em quatro anos (e não são só trinta dias) e que eles se preparam intensamente para brilharem nas olimpíadas, como a nossa Rebeca Andrade e a Raíssa Leal… são quatro anos de preparação, exaustivos treinos, viagens, lesões, tratamentos, fisioterapias etc. e tal…para tentarem chegar aos seus ápices.

E, para ganharem estes valores?

Vocês concordam com tudo isso?

Lembrem-se, somente daqui quatro anos, em Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos é que serão as próximas olimpíadas.

Sabemos que os clubes, que os patrocinadores e as premiações em torneios, campeonatos, ou seja lá o nome que é dado, fazem com que estes atletas olímpicos “se movam”, afinal de contas eles também têm que se mexerem para ganhar a vida e a vida deles é essa, ou seja, são atletas tal como os jogadores de futebol também o são.

“Correm” o mundo para se sustentarem, mas duvido muito que ganhem tal qual os profissionais do futebol, pois está aí para vocês observarem, a premiação do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para uma medalha de ouro.

Vamos e convenhamos, meus senhores e senhoras, é muito pouco.

         Volto a um ponto crítico: ambos, tanto atletas do futebol como atletas olímpicos “são artistas”, contudo a valorização entre as classes, está demonstrado nesta reportagem de GZH, é totalmente injusta.

         Aliás, “justiça é o conceito que este mundo mais desconhece, ainda mais neste nosso país”.

         Rebeca, Raíssa, Bia Souza…atletas olímpicos, vocês merecem mais, muito mais!