Comunicação não verbal

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Outro dia, li um negócio que achei interessante. Falava da comunicação. E o uso da linguagem oral, como nós, humanos, fazemos. Segundo o autor do texto, os seres comunicam-se de diversas formas, e de certa forma o desenvolvimento da linguagem oral nos privou de usar, ou prestar atenção, a muitas outras nuances da comunicação.

Observo, no campo, as vacas. Muitas vezes, estão em duas, ou três, ou mais, juntas, deitadas, ruminando. Pesquisadores afirmam que elas conversam, e os assuntos principais são o clima, as crias, a comida. Porque, em áreas de campo nativo, existem diversas espécies de plantas à disposição. E as vacas conhecem as que gostam de comer pela manhã, ou pela tarde, ou novas, ou mais maduras, ou então aquelas que são remédio e outras, ainda, que fazem mal.

Para que essas coisas aconteçam, é preciso que haja comunicação. Que não é verbal. Muitas vezes nem por sons emitidos. Não me atrevo a apresentar, aqui, o que seja, mas desconfio muito que a expressão dos olhos, do corpo, os cheiros façam parte desse arsenal.

Os cães, esses são mais visíveis, porque de maior convívio. Não entendem as palavras que digo para eles, mas com certeza entendem a entonação que uso. O som das palavras. Mas tenho certeza que me entendem pela expressão do meu rosto, e também pelo cheiro que devo exalar quando estou feliz, triste, bravo ou outra coisa.

Diferente de mim. De nós. Precisamos de palavras para exprimir o que sentimos. Se não houver palavra para descrever, então nos complicamos. E talvez por isso existam tantos sinônimos, que são palavras diferentes que expressam quase a mesma coisa. Como feliz e alegre. São parecidas, podem ser usadas da mesma forma, mas se a gente pensar bem, não é a mesma coisa estar feliz ou alegre.

Feliz ou não, essas nuances da comunicação parecem que já estão no alvo da inteligência artificial. Li uma história, mas não sei se é real.  Explicava porque os telefones começaram a ter câmera frontal. Essa câmera teria função de “ler” nossas expressões, e os algoritmos apresentariam produtos que nos agradam. Pode ser uma bobagem, mas não é de duvidar. Às vezes, sem mais nem menos, o telefone começa a apresentar propagandas sobre produtos sobre os quais nem mesmo falamos. Da onde vem isso? Seria da leitura de uma expressão de nosso rosto quando vimos alguma coisa no aparelhinho. Absurdo não é.