Estamos navegando sob intensa neblina.
Não se enxerga nem mesmo um palmo à nossa frente.
Sabe quando alguém usa óculos com um grau avançado, perde-o e, precisa ler uma bula de remédio?
E o ditado aquele: “mais perdido do que cusco em procissão?”
Sim, somos todos nós, tupiniquins avulsos, que cá estamos, no outro lado da corda.
A balbúrdia neste país é tanta que, ninguém mais sabe o que é certo ou o que é errado, o que é verdade e o que é mentira, pois que são tantas as narrativas de todo e qualquer fato, seja político ou não, e de todo e qualquer lado, sejam eles direita, esquerda, centro, que nos colocam em total confusão.
Nem mesmo a imprensa, pois que também aí é preciso que nos utilizemos de muitos filtros, vez da intensa militância, dos propósitos endereçados, do partidarismo e tendências por parte daqueles que possuem a batuta para gerar informações. Hoje em dia, onde está a capacidade da imprensa de explicar, elucidar, esclarecer com a verdade, as notícias diárias?
Sim, se infelizmente acontece um acidente aéreo em território brasileiro, então aí as investigações dos poderes competentes dão as informações necessárias e a imprensa repassa, sem nenhuma intenção a não ser informar.
Barbada.
Todavia, quando é preciso usarem da imparcialidade, da honestidade e isenta de intenções malignas, estamos todos mal informados.
Imaginem se formos falar, então, das redes sociais?
Ali é território de ninguém.
Fala quem quer e diz o que quer, pois que, no entender das escassas regras que nutrem tais espaços, o pandemônio está instalado.
Claro que, também é verdade e, em todas estas ocasiões, imprensa, redes sociais, suplementos, órgãos de assinaturas, etc., e tal…lê e ouve quem quer.
Daí, então, é que nosso barco não consegue enxergar nenhum horizonte, pois a neblina abundante, excessiva, não nos deixa ver o que é real ou não, o que é verdadeiro ou não.
Imperícia do “mestre” do barco?
Não, e muito antes pelo contrário, pois que a fonte ilusória das notícias não nos deixam enxergar o que de verdadeiro existe.
Podemos ousar em dizer que a vida brasileira em questão de autenticidade, de veracidade, no que tange aos fatos cotidianos, sejam eles políticos ou não (vejam aí as centenas de golpes fraudulentos dados pela internet), são pífios, para não dizer, inexistentes.
A deliberação, o livre arbítrio de quem perpetua tais inverdades, a tal cantilena, não deixa de ser extremamente nociva, fazendo que o povo brasileiro viva de embustes, de falsidades, navegando totalmente sem rumo e sem noção.
Um navio sem leme é naufrágio certo.
Afinal de contas, o que é verdade e o que não é verdade neste país?
Brumas ao vento…
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CISMAS
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