Sábado, véspera da Páscoa. Feriadão no Brasil. De sexta até segunda. Ensolarado, calor. Maravilha. E eu, aqui, pensando na vida. Durante a maior parte da minha vida adulta, o fim de semana da Páscoa foi de comportamento duplo. Explico. Gostamos demais dessas ocasiões, aqui em casa. E sempre foi rotina, desde que nossa filha era bem pequena, esconder a cesta e fazer a brincadeira do “quente/frio”.
Muito bacana, isso. Só que tinha outro lado. É época de colheita. E quase sempre estávamos colhendo arroz no feriado da Páscoa. Claro, respeitando a sexta feira santa e o domingo. Mas com a cabeça cheia de preocupações. Não trabalha, mas se por acaso chover na segunda, vai dar prejuízo.
Agora não planto mais. Mas nossa filha arrumou trabalho no feriado e aqui estamos, os pais, em casa, e frustrados mais uma vez.
Assim é a vida. Cheia de expectativas, prazeres e angústias.
Então, como a situação está assim, o negócio é filosofar. Sobre o assunto do momento, esse das redes sociais e do dano que vem causando com jovens. Uma menina de 8 anos morreu inalando desodorante, porque era um desafio de um grupo em uma rede dessas.
Mas como é que uma menina de 8 anos participa de um grupo assim?
Também os casos, inúmeros, de golpes na internet, de roubo de dinheiro de pessoas ingênuas.
Um comentário, aqui. Precisei ficar velho para entender que a maldade existe. Algo que antigamente se associaria ao demônio. Maldade, desejar o mal para outra pessoa, agir para que o outro sofra, ou perca o que tem, ou morra. Eu acreditava que não, mas agora sei que é real e há que se tomar cuidado, muito cuidado com isso.
Agora, uma recordação. Nos primeiros tempos da informática, quando ainda não se usava a internet, e se transferia arquivos entre computadores via disquetes, o medo que assolava os usuários eram os vírus. Que vinham escondidos nos arquivos, entravam na memória das máquinas e destruíam os trabalhos, aplicativos e recordações armazenados. Éramos obrigados a comprar os antivírus, que “caçavam” esses elementos malvados. Não se sabia quem fabricava os vírus, mas os antivírus eram como uma espécie de Flautista de Hamelin, e se não pagássemos o produto e suas atualizações, corríamos riscos muito sérios.
Hoje, a informática é tudo. Conexões, aplicativos, nossa vida está no celular. As redes também, e seria muito mais fácil disseminar vírus. Mas eles desapareceram. Saíram de moda. Pergunto – Por que? E respondo. Porque destruir os sistemas é antiprodutivo. Até para os malvados. Pois, destruindo os arquivos e aplicativos dos celulares, não se pode dar os golpes, ou disseminar o mal.
Que coisa!
Chega de filosofanças. Não é época para isso.
Boa páscoa a todos!