Fui me deitar ontem à noite, tentando imaginar o que escreveria nesta minha primeira coluna do ano de 2022.
Confesso a vocês de que até o presente momento não consegui chegar num consenso.
Por muitos temas, por muitas ideias, por muitas opções?
Longe disso.
E sim, por muitas desesperanças…
Meu otimismo com o futuro desse lindo povo brasileiro, nestes já 362 dias que ainda restam do ano de 2022, está muito aquém daquilo que eu possa chamar de grandes dias.
Tenho, aliás tenho não, nós temos, você e eu, razões de sobra para duvidar de tempos mais radiosos neste país.
E, isto já é o suficiente para eu ser honesto comigo mesmo e, muito mais com vocês, que leem em alguma oportunidade, o que este escriba posta neste espaço.
Não digo e jamais afirmaria de que nossas esperanças são inúteis, não, decididamente não.
Contudo, no vatapá da existência, temperos são necessários para dar o gosto final da iguaria, caso contrário, jamais degustaríamos de momentos inigualáveis nesta vida…
Os momentos felizes, embora momentos, mais felizes.
E, digo tudo isso porque quando diviso o que nos aguarda, temo por nosso futuro, como seres humanos e, brasileiros.
Vejam que nem bem entrou o novo ano e o gás natural está na mira de um reajuste em torno de 50%, mesmo que entidades recorram à Justiça, que, afinal de contas, desde um tempo para cá, é quem governa este país.
E as eleições, heim?
Ainda ontem, em minha página “CleanVox”, postei uma opinião em um recado dizendo que o que até agora vimos, foi pretensos candidatos discutindo e muito sobre pesquisas eleitorais e, nada, absolutamente nada mesmo sobre planos de governo.
Em outra oportunidade, repliquei uma postagem retiradas das redes sociais e a beligerância entre opositores acendeu-se como um estopim.
Vejam que teremos um ano de 2022 extenuante e, como a roda que impulsiona o moinho, lá estamos nós como coadjuvantes de todo este processo.
E a tal da inflação, as gôndolas dos supermercados, as prateleiras das feiras, a vitrine do açougue, o preço da carne, a gasolina e o óleo diesel nos postos de combustível, a seca que assola os primeiros dias do ano, as perdas já computadas do milho e do soja, produtos básicos dos aviários, da alimentação suína e bovina…
Pois é… não tenho essa capacidade de vir aqui e falar para vocês de grandes esperanças para o ano que se inicia, mesmo porque eu sei e vocês também sabem que o “conversado” nos momentos íntimos do último dia do ano de 2021, na verdade seria mais uma “pro forma”, nada mais do que isso.
Preciso ser sincero comigo mesmo e com meus leitores(as), todavia também está em nós, mudarmos tudo o que está aí posto, neste cenário inóspito deste Brasil que sangra por dentro, mas sorri seu sorriso pontual para os seus fãs.
Para tanto, a consciência do seu voto é o fator determinante nesta mudança.
Vamos viver momentos difíceis, como sempre, e isto que nem falamos desta pandemia, que em muito ofuscou nossas comemorações, principalmente quando as famílias se reuniram e havia cadeiras vazias nas mesas…, mas a fibra de ser tupiniquim já nos embruteceu certos sentimentos…
… e faz com que sigamos sempre em frente, mesmo que sejamos desconhecidos, mas igualmente mártires desse sistema corrupto que vêm dos corredores obscuros do Planalto Central.
Está aí para nos afrontar, o Fundo Eleitoral…
Dito isso, curvo-me diante de vocês, mas não posso falar em esperanças quando o momento requer muito mais discernimento face aos incautos momentos que se avizinham nestes próximos tempos de 2022.
E é assim que impulsiono os meus primeiros passos nos dias novos que ora se iniciam, caminhando com a sinceridade e a realidade dos fatos…
Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade.
Buda