Uma análise, dois resultados

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          Decididamente não sou o cara mais indicado para falar do assunto, contudo, por vivenciá-lo, talvez isto me autorize ao menos, traçar algumas linhas em comentários.

         Hoje falo do Facebook.

         Pois este estrondoso sucesso é a maior rede social de todo o mundo, contando com 2 bilhões de usuários ativos.

         Nele, é possível criar um perfil pessoal ou uma Fan Page e interagir com outras pessoas conectadas ao site, através de trocas de mensagens instantâneas, compartilhamentos de conteúdos e as famosas “curtidas” nas postagens dos usuários.

         A ideia não deixa de ser maravilhosa e, talvez por isto, tenha atingido as marcas que até hoje já atingiu.

         Um espaço totalmente democrático, onde a minha, a tua, ou as opiniões de milhões de outras pessoas, passeiam por lá, com ou sem aprovação da maioria, mas transitam livremente, desde que não ultrapasse as regras que o site determinou.

         Digamos que raramente, e são muito poucos os casos neste universo de 2 bilhões de usuários, que são contestados e retirados de cena, ou melhor, do site.

         E, por ser um espaço democrático, as postagens nem sempre agradam a todos, aliás, isto é coisa que raramente acontece, atualmente.

         Os fatos pelo mundo afora são dinâmicos, eles estão surgindo a toda hora, a todo instante, as notícias com o advento da informática, brotam a todo minuto e, isto faz com que, pelas redes sociais, estejamos sempre atualizados e, consequentemente, as opiniões não só se formam, como são postadas, e sim, para a apreciação “dos amigos”.

         E porque eu digo “para os amigos”?

         Valho-me de uma metáfora para dizer-lhes, na minha concepção, de que as postagens são sim colocadas lá para serem apreciadas ou contestadas por todos os que habitam este “país” chamado Facebook, sem sombra de dúvidas, visto que esta ferramenta deu voz a todos.

         Basta um perfil, uma senha, pedir amizades e, pronto, você tem em suas mãos um instrumento que vai dar voz ao seu ponto de vista, ao seu julgamento, a sua apreciação sobre todos os assuntos que queira opinar.

         Porém, nem sempre as coisas correm às mil maravilhas.

         Nesta democracia, a contestação também é válida, ela existe e, “vai à praça”, donde geram os debates, acalorados ou não.

         E é justamente neste ponto que esta rede social está perdendo adeptos, principalmente para o Instagram, que também é uma rede social, originalmente somente para a postagem de fotos e vídeos com pequenas mensagens, juntamente com os seus amigos.

         Todavia, bem mais amena.

         Perguntem para a gurizada…

         O Facebook está se tornando um campo inóspito para quem só quer trocar opiniões, numa boa e sem ranços, para quem quer manifestar seus desejos, suas angústias, e suas vitórias, para quem quer divulgar as suas poesias, as suas crônicas e nada mais.

         O fanatismo, a intolerância, o grenalismo, a predisposição de não aceitar a opinião dos outros, por lá, tornou-se um fato corriqueiro, mas não há nada a fazer nesta democracia, a não ser tentar mudar as pessoas que são totalmente tendenciosas, partidárias, sectárias, o que seria uma tarefa hercúlea, ou, simplesmente abandonar o seu perfil para não ter que assistir (ler) verdadeiros embates inócuos, raivosos, hostis, e partir para outras paragens…

         E foi o que eu fiz.

         “…qualquer dia, qualquer hora, a gente se encontra…”

         Deixei por lá apenas a minha página CleanVox, onde eu tento trazer aos meus adeptos apenas tópicos das notícias do dia, as vezes com alguma opinião, primando pela originalidade da informação, sem dourar nenhuma pílula.

         Quem já esteve navegando pela CleanVox, por certo poderá testemunhar.

         Enquanto isso, tento “domar” o Instagram, onde tudo fala muito de paz e tranquilidade, de mensagens positivas e alentadoras, mas também fala de notícias boas ou ruins, e será você quem vai escolher a sua trilha, a sua “wibe”, para tanto, basta apertar ou não o “Seguir”.

         Simples assim.

“Felicidade não é só a presença daquilo que se quer, mas também a condição de recusar, dizer não, afastar aquilo que não se quer.”

MS Cortella