Não que isso venha a ser um grande problema, pois o que dizem por aí é que não envelhecemos e sim nos tornamos “clássicos”.
Há algum tempo atrás eu já abordei este tema, contudo agora e, lendo artigo no jornal Zero Hora, através do IBGE, alguns dados foram atualizados e isso é o que chama a atenção.
Pois saibam os senhores e as senhoras que a população de idosos acima de 60 anos, do Estado do Rio Grande do Sul, já representam 19% do total.
Isto quer dizer que, no ano de 2021, somamos 2,1 milhões de idosos, ou de “clássicos”, como queiram.
Aliás, aquela de “melhor idade”, creio já é um termo ultrapassado e que em nada condiz com a realidade dos fatos, salvo algumas exceções, se é que me entendem.
Pois esta população de “clássicos”, em 10 anos, cresceu 40%, o que nos remete a um dos estados “mais velhos” do nosso Brasil.
Isto nos leva a muitas afirmativas e também move com todos os segmentos da nossa sociedade, sem dúvida nenhuma.
Ainda no outro dia em que eu falava sobre este assunto, alertava que alguma coisa haveria de mudar, para que esta população fosse atendida em suas necessidades.
Necessidades não quer dizer exatamente “necessidades”, mas engloba praticamente tudo, como serviços públicos, saúde, lazer, mobilidade urbana e por aí vai …
Administradores públicos, empresários, turismo… pensem em fazer alguma coisa, contudo, pensem antes de mais nada na população que vai usufruir disso.
E é justamente esta política que vemos andar muito devagar.
Pouco ou quase nada das “necessidades” citadas, você vê em sua cidade, ou em qualquer outro lugar.
É preciso e antes de mais nada, compreender este fenômeno.
E ele está presente já em nossos dias por três coisas principais e muito simples, ou seja, expectativa de vida maior, melhor renda e acesso a saúde.
É preciso também compreender que estes fatores não são para serem particularizados, pois se aparecem nas estatísticas, é porque são em número maior e, sim, são números do nosso Rio Grande do Sul.
Daí a ter a percepção de que as coisas precisam ser direcionadas para este público, o que se espera estar sendo ao menos pensado.
Em contrapartida, e agora pasmem, houve uma retração acentuada nos moradores gaúchos com idade abaixo dos 30 anos.
Os dados dão conta de que houve um decréscimo nesta população de 8,9% de 2012 até 2021.
Bastante, não?
E isto também tem as suas causas, sendo que a principal está no reflexo da acentuada diminuição da fecundidade.
E esta afirmação a seguir vai por minha conta: devido a colocação de nossos jovens no mercado de trabalho, faz com que eles permaneçam na casa dos pais, onde a infraestrutura já está montada, até que possam “voar sozinhos”, o que raramente acontece antes dos 25, 30 anos, pois a competitividade do mercado é cada vez maior.
Sendo assim, fica muito óbvio afirmar que não são formadas famílias e, por consequência, a população deixa de crescer.
Digo isso como uma das causas da retração desta população, contudo, acredito que outras variantes mais devem estar por detrás deste outro fenômeno.
Mas, em resumo, os números nos dizem que a população acima dos 60 anos aumenta e, abaixo dos 30 anos diminui, e isto é o que nossos governantes e segmentos outros da nossa sociedade precisam estar atentos.
Se é que querem sobreviver ao que os números refletem.
Pensem nisso enquanto eu lhes desejo uma ótima semana.