CISMAS l Nada de novo

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        A data máxima para as convenções partidárias encerra-se em 05 de agosto, quando os partidos políticos deverão já ter decidido suas coligações e seus candidatos para o pleito em 02 de outubro e, segundo turno, se houver, em 30 do mesmo mês.

        Ponto pacífico.

        Contudo, o que paira no ar em todo esse contexto é, novamente, estar em debate as mesmas figurinhas de sempre.

        Nada, absolutamente nada de novo.

        Vê-se, disfarçadamente, em toda a sociedade uma angústia ao mesmo tempo que uma repulsa a tudo que aí se apresenta.

        O desejo de romper com esta política viciada que se está acostumado a ver e sentir, parece que novamente vai ficar para depois.

        Nada desenha-se em prol de uma ruptura abrupta desse atual sistema, o qual por décadas e décadas parece não querer colocar o país em seu devido lugar.

        Basta afastar-se da miopia radical, para se ter tal compreensão.

        Disse certa vez aqui e volto a repetir: nossas instituições públicas, seja em que esfera for, federal, estadual ou municipal, seja o executivo ou legislativo, já que o judiciário não permite eleições diretas e pelo povo (isso precisa mudar e urgentemente), não merecem mais tantos desmandos e abusos que sofrem.

        E tudo isso vem carregado de um despreparo, menosprezo e interesses pessoais escusos dos que delas se servem, dissimulados de legisladores e administradores.

        Não só eu, mas toda uma sociedade por sua excelência honesta, quer há muito tempo dizer uma basta para tudo isso, no entanto, não há nada de novo no front para que se tenha ao menos, um pingo de esperança.

        Alguém há de dizer que as eleições que ora se aproximam e o voto devem ser usados para isso mesmo: mudar.

        Mudar o quê, se os agentes da mudança são os mesmos de sempre?

        Se não há nenhuma opção de renovação, se não há novos líderes, de moral ilibada, honestos, com boa vontade de servir, sem vícios e que tenham amor por este pobre país maltratado…

        Mudar o quê?

        Salvo raríssimas exceções, ao que tudo indica, vamos trilhar novamente os mesmos caminhos de outrora, infelizmente.

        Creio que mais uma vez a história vai se repetir e tudo vai continuar como dantes no quartel de Abrantes.

        É esperar para ver.

        Sendo assim, minhas cismas vão continuar…

-:-

Os partidos políticos viraram mero aglomerados de gente em busca de notoriedade e poder pessoal.

Flávio Tavares