Um dos melhores livros que já li da Doutrina Espírita, na linha kardecista, chama-se “As Forças do Bem”, de Diamantino Coelho Fernandes, pelo espírito do Irmão Thomé.
São verdadeiras e importantes lições, de simples entendimento e que nos conduzem ao encontro de muitas verdades.
Em síntese, nos dá um norte da vida, e de como nos devemos portar diante desta passagem por este mundo de aperfeiçoamento.
Em um certo momento, Irmão Thomé nos diz que na antiguidade, ou seja, nas eras primitivas da religiosidade, acreditavam eles que a morte era a finitude de tudo.
Todas as homenagens eram prestadas ao corpo, porque desconhecia-se qualquer possibilidade da existência de algo mais além do organismo físico.
Com o passar dos tempos, instrutores espirituais baixaram à Terra, em várias épocas, para pregarem a existência da Alma ou do Espírito, que então, fazia conexão com o corpo e, após a finitude dos movimentos deste corpo, desprendia-se para habitar outras existências.
Difícil entender que haviam outros mundos, mas, com a persistência destas lições, pouco a pouco começou-se a compreender este processo, ou seja, que a morte não é o fim de tudo.
Sabia-se, e muito bem, que o homem e a mulher dentro deste universo, movimentavam-se sem cessar, assim como todos os outros seres animados, em busca de seus sustentos.
No entanto, o homem foi o único que, tocado pela ideia ambiciosa de riqueza e poder, não se contenta em trabalhar somente para comer, como os pássaros, por exemplo…o que faz com que cada vez mais buscam amealhar riquezas, ao ponto de sacrificarem a própria saúde.
A Lição do Divino Mestre: “a Terra é simplesmente uma estância de passageiro aprendizado para todos os Espíritos encarnados”.
Sendo assim, ninguém aqui permanecerá mais do que o tempo predeterminado para obter elementos necessários à sua evolução espiritual.
Entendo que ninguém está proibido de buscar contentar as suas necessidades, como também não estão proibidos de buscarem o seu conforto, a tranquilidade para as suas famílias.
Contudo e mais, muito mais importante, está o nosso aprendizado espiritual, a nossa evolução como aluno passageiro por este mundo de expiações.
Não só o trabalho exaustivo, que na maioria das vezes sacrifica a própria saúde, priva-se de uma alimentação regular, para não interromperem, ou mesmo para prolongarem as suas horas de ganho.
Não.
Por isto é que chegamos à conclusão de que tanto o homem como a mulher deveriam dispensar maior atenção aos bens do Espírito, da Alma, que aos da matéria e, acrescenta nosso Irmão Thomé: “…e tudo mais lhe chegará por acréscimo.”
O que a Terra pertence, na Terra ficará.
A vida é demasiado curta para comportar qualquer outra espécie de distração, ou desvio de pensamento.
Pensem nisso, enquanto eu lhes desejo um feliz fim de semana.