CISMAS l Enfim, chegamos…

0
219

…depois de longo e estressante roteiro, totalmente beligerante e imprevisível, chega ao seu grande epílogo as eleições do ano de 2022.

        Domingo você vai escolher, por derradeiro, o presidente da República que terá o direito de governar nosso Brasil por quatro anos, assim como também o governador do Estado, mais particularmente do nosso Rio Grande do Sul.

        Não restam dúvidas que foi um tempo maçante e de grandes embates, contudo totalmente vazio de propostas, quando muitos eleitores e eleitoras ainda estão à deriva neste mar revolto e nebuloso de tantas agressões.

        Acusações pessoais esteve em voga, foi o máximo que sustentou os debates, quando pouco ou quase nada se sabe dos planos para o futuro do País e do Estado do RS.

        Tenho lido, tenho ouvido e visto pelas grandes mídias, renomados jornalistas que já atuaram por muitas e muitas eleições, dizerem que esta de 2022, superou a todas as outras, mas em fake news, acusações, fatos violentos, radicalismos e tudo mais que, com toda a certeza, você também notou.

        Disso ficaram muitas cismas.

        E a principal delas cabe em uma pergunta: por que tem que ser assim, no nosso Brasil?

        O sentimento que neste momento se impõe é de decepção total com a classe política, novamente.

        A polarização levou as eleições deste ano para um patamar muito perigoso, onde lá habitam o ódio e a intolerância.

        Ou se é A, ou se é B, se não for A, ódio do B, se não for B, ódio do A…

        E pior, o que acusou, falou de defeitos e destratou seus adversários no primeiro turno, hoje está do lado deste mesmo adversário no segundo turno, falando maravilhas dele.

        Haja tanta hipocrisia para aturar os políticos brasileiros.

        Eles desconhecem a coerência, a dignidade, a honradez de suas representatividades, onde há muito tempo o fio de bigode ficou esquecido em algum lugar do passado, pois palavras que dizem são soltas ao vento, sem sequer ter o mínimo de consideração até mesmo com seus eleitores, tornando-as sempre duvidosas e sem nenhum valor.

        E pior, tudo fica por isso mesmo.

        Tais atitudes e sentimentos migraram para os poderes constituídos, donde um quer mandar muito mais do que o outro, donde o outro quer ser mais real do que o próprio rei e, nesse ínterim, atropelam sem nenhuma cerimônia a nossa Constituição, por suas deliberações pessoais e partidárias, baseadas nas suas interpretações da lei e em suas decisões monocromáticas.

        Os eleitores brasileiros estão de ressaca total, nauseados, mas estamos chegando ao fim de todo esse bochinche, toda essa zaragata, graças ao Bom Deus.

        E o que fica?

        Um imenso desejo de que as coisas deem certo para o Brasil e os brasileiros, rezando e entregando na mão de Deus os destinos deste sofrido país, porque a grande maioria já percebeu que a classe política brasileira, na verdade, nunca esteve ao lado dos tupiniquins e, sim, enraizados, apegados, tenazmente agarrados aos seus interesses pessoais.

        Boa sorte a todos nós, gaúchos e brasileiros!