Dependentemente sim, temos muito a comemorar pela nossa saúde que, entre altos e baixos, conseguimos vencer o ano de 2022.
Nada, mais nada mesmo é mais importante do que a nossa saúde, pois como dizem por aí, o resto a gente corre atrás.
Dentre outros ditos populares, existe aquele que fala: “entre tombos e tropeços, nenhuma vítima a lamentar”.
Isso é muito bom, aliás, isso é maravilhoso.
No entanto, entre outros assuntos que também nos compete, como a política por exemplo, nada a comemorar, ou melhor, “nada a esperançar”.
Partimos do princípio que na democracia, quem ganhou as eleições, vai assumir.
Isso é ponto pacífico.
A questão está em quem vai assumir.
Num primeiro momento, e isto também é uma verdade, o Partido dos Trabalhadores até hoje, passados tantas tempestades nas suas administrações, como a famigerada corrupção, má administração, impeachment, inflação, dívidas e outras mazelas de seus governos, até hoje, nunca e em nenhum momento reconheceu seus erros.
Empáfia? Soberba? Arrogância?
Eu diria que tudo isso e mais um pouco, pois calçar as sandálias da humildade, jamais!
Nunca e em nenhum segundo que fosse, Lula e seus asseclas reconheceram que erraram, muito antes e pelo contrário, e até hoje posam de vítimas de um sistema que os derrubaram ilegitimamente.
Neste instante, nada conta do tamanho da corrupção (Mensalão, Petrolão, dinheiro em apartamentos e em cuecas…) de que seus governos foram envolvidos e desmascarados pela Operação Lava-Jato, por exemplo.
O próprio Chefe de Todos, denunciado e condenado por obstrução da justiça, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, organização criminosa (Operação Zelotes, Tríplex no Guarujá Sítio de Atibaia, Operação Janus-BNDES, Instituto Lula…), mesmo assim ainda se diz inocente.
Bem, aqui merece somente uma pequena reflexão e ela é necessária por vir de onde veio, como também é de se pensar no futuro do nosso país…o STF, por manobras miraculosas, malfazejas e interpretativas, contudo, advindas de um indulto monocromático, simplesmente decidiu por bem (eu diria por mal) anular o feito jurídico por entender que Curitiba-PR, não era a jurisdição para julgamento de todas essas acusações (nem vamos falar nas delações premiadas, que também o PT e a justiça teimam em desconsiderar).
Feito isso, Lula estava livre para concorrer às eleições e, não só concorreu como também ganhou e, não só ganhou como também vai assumir, o que digo novamente que é ponto pacífico.
Ganhou, nada foi comprovado de imperfeito, então tem o total direito de assumir.
E é aqui que nasce a desesperança de 58.206.354 votos que não foram para Lula, pois não aceitam serem comandados por um presidente condenado por 9 magistrados diferentes e em três instâncias sucessivas, tendo cumprido somente 20 meses de cadeia.
A sociedade inserida nestes 58 milhões de votos não desejam ver repetidas as práticas desastrosas dos governos petistas anteriores, como o inchaço da máquina pública, o financiamento a regimes ditatoriais de esquerda (ver o Foro de São Paulo, e aqui eu indico o livro Carvajal, Lula e o Sequestro da América Latina, da jornalista Elisa Robson) e relações promíscuas com o Congresso e partidos aliados, como os que desembocaram nos escândalos desvendados pela Operação Lava-Jato, no qual insistem em querer desqualificá-la, ou melhor, já a consumiram…com a sempre ajuda do STF, simplesmente fulminaram-na.
O STF, no que foi a decisão mais ilegal de sua história, anulou as ações penais contra Lula, incluindo as suas condenações por corrupção e lavagem de dinheiro.
Nunca e em nenhum momento Lula disse nada sobre a sua culpa, provas ou fatos – o STF anulou e pronto.
Estamos andando em um deserto de esperanças e de cáfilas e cáfilas de descrenças e aflições.
“A vida não é como a página de um livro, que podemos reler o que não entendemos.” – José de Alencar
O que já temos de exemplos não nos faz acreditar que logo ali adiante, a partir do dia 1º de janeiro de 2023, possamos ter um tempo melhor e isso não é pessimismo, é simplesmente uma constatação da verdade, do que já aconteceu e do que já passamos…a mais pura realidade e, contra os fatos, não cabe contestação.
Portanto, continuemos a fazer de tudo pela nossa saúde, pelo nosso bem-estar, para termos uma vida saudável.
Isso é tudo o que nos resta, no momento.