E, quando a inspiração resolve dar uma volta pelos bares da vida, talvez nas ruas ermas da solidão, desacompanhada, independente e aversa aos encontros, me deixando em total solidão, oprimido diante de uma grande, intrínseca, mas bela missão?
Eis que me sinto só.
Logo e justamente quando sinto a ausência incessável de não conseguir formar versos e quadras, para rimar a beleza, com ternura, a certeza com doçura.
O que fazer?
É tal qual, quando você encosta a cabeça no seu travesseiro e o sono não vem.
E, ao se passarem horas e mais horas, o relógio hediondamente, te mostra que foram apenas e tão somente alguns minutos…
Quando folhas e mais outras folhas, rabiscadas, estão no lixo, amassadas, desprezadas…
Então, o grito é insigne:
– Sono, cadê você?
– Inspiração, cadê você?
Eu precisava tanto falar de amor, de delicadeza, da beleza infinda, mesmo que não aparente, mas de corações cheios de bondade e ternura…
Dizer que a vida nada teria, ou seria, de interessante sem este tempero de força e coragem, de juízo e fé, que nas horas mais cruciais, busca em seu íntimo a intuição, um dom divino, sem sombra de dúvidas e, no atributo da coerência, decide o justo, em todas as melhores hipóteses…
Do poder nato e guerreiro, da energia na luta de todos os dias, e, na impressionabilidade da graça e suavidade na condução da vida, e é disso que eu busco falar.
Por favor inspiração…
Eu precisava falar da Criação Justa e tempestiva, pois Ciente dos parênteses em nossa existência, Deus deu aos nossos dias a chance do amor, do companheirismo e da convivência contígua de nossos pares.
A cumplicidade de que tanto amamos.
Forjou as suas almas de perdão, do entendimento complexo destes caminhos e, as tornou fachos de luzes e esperanças.
A força sempre do novo mundo de que todos nós queremos.
Falo de tudo isso porque preciso cantar, rimar, recitar a venustidade, da graça, da força e da beleza das mulheres.
E foi assim que foram concebidas, com a essência da preciosidade de um tesouro, estruturadas na aprazível e harmoniosa meiguice.
Mas gigantes e inflexíveis na proteção dos seus, feras feridas, mulheres que merecem ser amadas e tratadas iguais e em todos os planetas.
Anjos, como estrelas nos céus das noites dos boêmios… que estão nas cordas do violão, nas vozes dos que cantam e pintam as telas que nos seduzem, pelas noites insones.
Mulheres… “modeladas com mel e uma pitadinha de sal…”
De risos incandescentes, luminosos e ensolarados, de tudo aquilo que é belo.
Musas inspiradoras, dos poetas e cantadores, das mais lindas canções na voz dos trovadores…em poemas divinos e perfumados por amores.
Inspiração, por favor, venha em meu socorro…ou então repito quem já disse que Deus sorriu quando as criou… “porque Ele sabia que tinha criado o amor, e a felicidade de todo o ser humano”.
Mulheres…nenhuma mentira, só verdades… e, muito mais do que um dia podíamos sonhar.
Dia Internacional da Mulher, porque vocês merecem!