A melhor das melhores

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Quando eu canto (ao menos tento…) esta música, confesso a vocês que sinto grandes emoções, não tanto pela letra, que aliás é muito simples, mas pela composição em si, melodia insuperável que produz uma torrente de endorfina muito aprazível.

Esta canção foi composta por Jimmy Fontana, nome artístico de Enrico Sbricolli, ator, compositor e cantor italiano.

Só podia ser italiano.

As músicas italianas, possuem uma atração sem igual, pelo seu romantismo, por sua beleza, pela explosão de notas musicais que reverberam na garganta dos cantores pelo mundo afora e, produzem sentimentos únicos.

Quando Roberto Carlos ganhou o Concurso de San Remo, com a música Canzone Per Te, do compositor Sergio Endrigo, no ano de 1968, provavelmente foi o despertar do mundo musical italiano pelas terras tupiniquins.

Não tenho conhecimento de causa, mas para a minha geração, sem sombra de dúvidas que foi.

Muito distante se conhecia Gigliola Cinquetti, através do filme “Dio Como Ti Amo”, isto no ano de 1966 (vejam que somente 2 anos separam o famoso filme e o festival San Remo, onde Roberto Carlos foi vencedor – coincidência?) onde a música que dava o nome à película ficou famosíssima.

Cantar Dio Como Ti Amo em uma roda de violão, naqueles tempos em que as serenatas e as “junções” à noite tinham a inocência de somente sermos felizes, dava uma conotação de muito romantismo.

Era aquele momento em que as conversas cessavam, onde a lua refletida nas pessoas transformava os rostos e aquietavam-se os corações e, um aconchego mais íntimo entre namorados transfiguravam-se em beijos e abraços.

Sim, Non ho l’etá, também um clássico italiano e cantado pela Gigliola Cinquetti, fazia parte desta época.

Mas, falávamos da emoção de uma música, que sempre me despertou os mais belos sentimentos, as boas sensações…quando eu a escutava e, depois, passei a cantá-la.

Na minha distante Bagé (nem tanto assim), as duas canções, Dio Como Ti Amo e Non ho l’etá, faziam parte do meu repertório nas rodas de violão.

Instigando minha descendência, elas sempre estiveram no meu sangue, sempre foram minhas companheiras nas horas mais românticas, mas nenhuma delas suplanta, até hoje, a que eu mais gosto, tanto de escutar e nunca me canso, como de cantar, o que é muito raro eu fazer.

Tive a oportunidade de acompanhar quando pretenso percussionista, meu parceiro de tantas e tantas jornadas, nas maravilhosas noites nos barzinhos da nossa Encruzilhada do Sul, Rafael Barcelos e, junto a nós o talentosíssimo irmão, Maninho do Cavaco.

Foram noites épicas, sensacionais, de casas lotadas e sucesso garantido, principalmente pela delicadeza do repertório que era ofertado e a excelência musical destes amigos e companheiros, que um dia, se ainda a memória permitir, devo retornar aqui, em histórias contadas e felizes das nossas vidas.

E, foi aí então que observando o Rafael cantar esta maravilhosa composição, devagar fui aprendendo a colocar a minha voz na canção e, logo em seguida, fazendo vocal.

Sentia-me extasiado em estar podendo cantar, pelos palcos mencionados, a minha música italiana preferida.

É verdade que vez ou outra me enlevava, deixando que a emoção tomasse conta, quando olhava para o Rafael, grande intérprete desta música, para ver se não estava atrapalhando.

Escrevo tudo isso porque agora, hoje, momentos atrás, distraidamente me vi ouvindo-a, agora, com a magnífica interpretação de Ignazio Boschetto, Gianluca Ginoble e Piero Barone (olha aí, José Antonio Baroni…), que são os componentes de um dos maiores trios de cantores do mundo, atualmente: Il Volo.

Conhecem?

Pois bem, não sou muito de indicar música para ouvir, livros para ler ou cardápios em restaurantes, pois não é a minha praia, no entanto, se você nunca ouviu Il Volo interpretando a minha música italiana preferida, o que eu não acredito, vá correndo nas plataformas digitais e coloque lá…e cante, cante bem alto para o mundo ouvir…

Não sem antes estar totalmente descontraído, roupas leves e macias, uma boa bebida por perto e a mente pronta para viajar pelo mundo do romantismo…

Deixe-se levar pelos bons pensamentos, pelas situações românticas já vividas, pelos caminhos floridos do amor e das paixões, onde almas e corações são únicos…

Aperte o “play” … “faccia buon viaggio…”

 

IL MONDO

No
Stanotte amore non ho più pensato a te
Ho aperto gli occhi per guardare intorno a me
E intorno a me girava il mondo come sempre

Gira, il mondo gira
Nello spazio senza fine
Con gli amori appena nati
Con gli amori già finiti
Con la gioia e col dolore
Della gente come me

Oh mondo
Soltanto adesso io ti guardo
Nel tuo silenzio io mi perdo
E sono niente accanto a te

Il mondo
Non si è fermato mai un momento
La notte insegue sempre il giorno
Ed il giorno verrà