AG E N D A
Esses dias me disseram: Bah, Krretta, tu emagreceste!
Na verdade, e se isso é verdade mesmo, eu nada fiz de tão importante assim para emagrecer… devo dizer com sinceridade que regime alimentar nunca esteve em meus planos.
E, se Deus quiser (e vai querer), o tal de regime alimentar/estético nunca vai estar em meus planos…
Todavia, devo admitir e confessar aos meus queridos leitores e leitoras de que apenas e tão somente eu aboli o doce na minha alimentação cotidiana.
…na sobremesa, na meia-tarde ou, depois de um lauto jantar acompanhado de um bom vinho…por exemplo, uma trufa que consiste em um centro de ganache envolto em cacau em pó…
Para mim, a abolição do doce em minha dieta patrocinou, então, esta observação que fizeram de meu semblante.
Muito embora o doce sempre fez parte do meu dia a dia, sendo que após o almoço, é onde eu mais gosto de apreciar “uma doçura”.
A Lena sempre me diz alguma coisa quando eu acabo de “refeiçoar”, como essa, por exemplo: – Tem doce de figo na prateleira da geladeira e creme de leite na porta!
Profetiza: – A primeira coisa que o Krretta faz, depois de almoçar, é apreciar uma sobremesa.
É verdade, Dona Helena, é verdade…
Este ato contínuo (hábito) após o almoço vem de minha infância, lá na minha terra natal…minha querida e saudosa Bagé-RS.
Não tenho dúvidas que é costume que vem dos nossos “hermanos”, pois nas estâncias da fronteira sempre foi costume “um postre” após o “almuerzo e la cena” e, muitas e muitas vezes passei tempos inesquecíveis na Estância São Francisco, no Departamento de Melo –
Uruguai, propriedade da família de meu queridíssimo amigo e colega de aula, Gaspar Silveira Grillo, o Neco.
Pois lá na minha Bagé, tínhamos o costume do “postre” após as refeições e a que eu mais gostava era sem dúvidas nenhuma mogando com leite…,mas bem açucarado/queimado e leite da geladeira, ou seja, gelado.
Isto era no verão.
No inverno e como minha segunda preferência em sobremesas, sem sombra de dúvidas era o arroz doce e, devido a sua “tradicionalidade”, quero crer ser receita da família “Campos de Vasconcellos”, de minha vó materna & Cia Ltda.
Fantástico, tradicional e simples: 3 xícaras de arroz, 3 xícaras e meia de açúcar, uma pitada de sal, 6 xícaras de água, 1 litro de leite, cravos a gosto e canela para decorar.
Eu gosto quando ainda está saindo fumacinha…
Esta era e sempre foi a minha “segunda sobremesa” e que minha mãe, Dona Iolanda, fazia com maestria…receita da minha vó.
Uma das coisas diferente de tudo o que tenho visto nestes tempos modernos é que lá, na minha Bagé, o arroz doce era servido nas casas em pratos individuais e um potinho de canela para que pudesse, se assim fosse, colocar mais…a cada colherada de arroz doce que eu tirava do prato, um pouquinho de canela eu colocava onde ficava sem…
Que maravilha!
Arroz doce ou arroz de leite, seja como for, sensacional, ainda mais saindo fumacinha…
Ah, sim, preciso ser mais sincero ainda, tenho a sobremesa “Hors Concours”, a primeiríssima das primeiras, que é da infância, da adolescência, da meia-idade, melhor idade e posteridade… outro dia eu conto para vocês…