O município de Encruzilhada do Sul foi sede da 11ª Abertura Oficial da Coheita de Oliva no Rio Grande do Sul. O evento aconteceu na manhã desta quinta-feira (09).
A cerimônia foi sediada na Biome Pampa, às margens da RSC-471, e teve a presença do governador Eduardo Leite, secretários de estado, deputados estaduais e federais, prefeitos, técnicos e produtores da região.
Encruzilhada do Sul é o maior produtor de azeitonas do País, com 1,2 mil hectares plantados nas propriedades de 20 produtores. Há ainda nove marcas locais de azeite, das quais cinco já foram premiadas em concursos nacionais e internacionais.
Iniciado o protocolo, o primeiro a discursas foi Flávio Böck, proprietário da Biome Pampa e anfitrião. Ele agradeceu a presença de todos e destacou a importância do evento para a troca de experiências entre os olivicultores e as instituições de apoio, como a Emater/RS-Ascar, a Embrapa e o Sebrae, além de entregar as demandas do setor para os governantes e representantes municipais, estaduais e federais presentes.
Na sequência, foi chamado o presidente do Instituto Brasileiro da Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes. Ele chamou a atenção para o crescimento exponencial da cultura no País e sobretudo no Estado ao longo da última década e também para a qualidade do produto final. “Em 2023 esperamos um ano de afirmação para o oliva brasileira e por isso eu apelo para que continuemos unidos”, disse.
Ainda reforçou uma das principais demandas do evento: a classificação dos azeites disponíveis no mercado. Segundo Fernandes, muitas marcas, em especial as importadas, enganam o consumidor com o anúncio de azeites extravirgens que na verdade se enquadram na categoria virgem ou até mesmo lampante, o terceiro nível de pureza.
Para encerrar, a palavra foi passada ao governador Eduardo Leite. Para ele, o início da colheita é a celebração dos obstáculos superados e dos avanços obtidos ao longo do ciclo das olivas. Além do retorno econômico oriundo da atividade agrícola, processamento e comercialização dos azeites. Leite destacou o potencial turístico existente nas propriedades olivícolas, mas ainda pouco explorado. “Isso tem um aspecto ainda mais relevante para o turismo gastronômico, tudo o que significa de impacto adicional econômico para o nosso Estado”.
Encerrado o protocolo, todos os presentes foram convidados a conhecer a plantação da Biome Pampa e também o processo de colheitas das azeitonas, que é semelhante ao utilizado na noz pecã. Com o auxílio de um equipamento, os trabalhadores balançam os galhos das oliveiras para que os frutos se desprendam dos galhos e caiam ao chão, sobre uma rede. Depois, são recolhidos, selecionados e seguem para as etapas seguintes da fabricação do azeite de oliva.
Fonte: Portal Gaz
Fotos: Cristina Boni