Tomado de alegria e júbilo e, diante do notório sucesso que os azeites de oliva produzidos aqui na nossa terra vêm conquistando por este mundo afora, fui me inteirar do projeto apresentado na Câmara dos Deputados, pelo deputado federal Marcelo Moraes, onde confere a Encruzilhada do Sul o título de “Capital Nacional do Azeite de Oliva”.
Em conversa informal com o nosso entusiasta e competente Secretário da pasta municipal da Agropecuária, Marco Antonio Moraes dos Santos, obtivemos informações mais precisas, do que aquelas que havíamos colhido desde o ano passado, no mês de junho/2021.
De acordo com os trâmites legais daquela Casa, tal projeto está sujeito à apreciação conclusiva pelas comissões de Cultura e Constituição e Justiça e da Cidadania (Art.24 II).
Pois bem, o projeto foi rejeitado.
Mas calma, vamos aos fatos…
Na Comissão de Cultura, tendo por relator o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), a proposição foi rejeitada com o seguinte parecer:
“Aplicando-o à proposição em análise, verificamos que este carece de documentos e informações capazes de comprovar a adequação do título que se pretende conceder. Diante do exposto, votamos pela rejeição do Projeto de Lei nº 2.080, de 2021.”
Sendo que, no dia 18/05/2022, os integrantes da Comissão de Cultura votaram o parecer do relator, com o seguinte teor:
“A Comissão de Cultura, em reunião extraordinária realizada hoje, mediante votação ocorrida por processo simbólico, concluiu pela rejeição do Projeto de Lei nº 2.080/2021, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Diego Garcia.”
Diante disso, nosso Secretário adiantou que já está em contato com o gabinete do deputado Marcelo Moraes para, em conjunto, providenciarem a documentação e as informações necessárias para que, enfim, o projeto venha a ser aprovado.
Creio que isso vai demandar ainda um bom tempo.
E por que a minha preocupação com tudo isso?
Em primeiríssimo lugar está a “grande vitrine” que este título vai trazer ao nosso município, não só pela já comprovada qualidade dos azeites de oliva aqui produzidos, o que já são uma verdade incontestável, mas também vai permitir que outras culturas possam ser conhecidas (exemplo recentemente da abertura da colheita da noz-pecã, o mirtilo…), outros produtos possam ser reconhecidos, como o nosso artesanato, nossos produtos coloniais, desaguando naquele que acho primordial e o principal atributo neste momento para Encruzilhada do Sul: o turismo.
É o efeito dominó, ou seja, uma coisa puxa a outra.
Encruzilhada do Sul já teve diversas oportunidades, como o linho (fábrica da Renner), depois o trigo, mais adiante o milho e, a nossa famosa carne de ovelha.
No entanto e, talvez por inexperiência, não soubemos aproveitar o “cavalo encilhado”, mas agora, tenho convicção de que os envolvidos em todos esses empreendimentos de sucesso, não deixarão passar esta magnífica oportunidade.
Mesmo porque, e em segundo lugar, Caçapava do Sul também está se credenciando ao título, com projeto do deputado Luiz Marenco (PDT):
“O deputado Luiz Marenco protocolou o Projeto de Lei 106/2022 que propõe reconhecer Caçapava do Sul como Capital Estadual do Azeite de Oliva. A cidade em questão tem se destacado no pioneirismo do cultivo de oliveiras no Rio Grande do Sul. O produto oferece alta qualidade extra virgem, se consagrando com diversas premiações nacionais e internacionais.”
Sendo assim, urge que tomemos providências, com o intuito de não perdermos mais esta oportunidade e, que, com absoluta certeza, vai trazer para Encruzilhada do Sul, os holofotes da prosperidade e abastança.
Lutemos, pois, prezados conterrâneos!