Tenho cá comigo que esta Copa do Mundo não empolgou.
Ao menos eu, particularmente, não estou nem um pouco entusiasmado com ela, mesmo porque depois daquele fatídico 7 X 1, nunca mais a Seleção Brasileira conseguiu se recompor.
Ali, ela perdeu todo o seu encanto, o seu glamour.
Nem a derrota do Brasil para o Uruguai (2 a 1 – Maracanaço – em espanhol Maracanazo que é o termo usado em referência à partida que decidiu a Copa do Mundo de Futebol de 1950 disputada entre as seleções do Brasil, anfitriã na ocasião, e do Uruguai, que terminou com a vitória uruguaia por 2 a 1, deixando desolados os brasileiros), foi tão contundente.
Diversos são os fatores que contribuíram para todo esse desencanto, como eu disse, ao menos para mim, partindo deste malogrado 7 X 1 e, um dos principais é o total desinteresse de muitos jogadores que lá estão, quando só querem mesmo é valorizar os seus passes para continuar ganhando fortunas incalculávies.
Para quem teve o privilégio de assistir a Copa do Mundo de 1970, em Guadalajara-México, todas as outras foram muito entediantes…Félix, Carlos Alberto, Britto, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Rivelino; Jairzinho, Pelé e Tostão.
Vejam que passados 52 anos, a escalação ainda está na ponta da língua.
Ali, não havia essa avidez por dinheiro, pois aqueles jogadores entravam em campo com o desejo absoluto de representar o seu país.
Lembro-me que Tostão jogou aquela copa mesmo com um deslocamento de retina, e logo após encerrou a sua carreira.
Depois, aos poucos esse interesse patriótico foi arrefecendo e chegamos ao que é hoje, salvo raras exceções.
Dinheiro, dinheiro, dinheiro e, coloca-se aí a organizadora do evento, a Fifa, pois que o Catar, devido as suas condições climáticas e suas tradições, nunca abarcou a simpatia da grande maioria para abrigar a Copa do Mundo de Futebol.
Para tanto, basta citar o jornalista que desfilava sua linda bandeira do Estado de Pernambuco e, foi cercado pela polícia local porque nesta bandeira existe estampado o arco-íris.
Intolerância total de gênero, salvo outras tantas como a utilização do vestuário, a proibição de bebidas, e a mais cruel de todas: a morte de 6,5 mil trabalhadores na construção dos estádios, e em regime sub-humano.
Para tudo isso a Fifa fechou totalmente os olhos, pois com toda a certeza os petrodólares jorraram forte, provávelmente em muitas contas bancárias.
Com muito esforço, vejo apenas de bom a movimentação em diversos grupos dos bolões, que tornam-se uma bela distração enquanto a copa dos desencantamentos acontece.
O esporte profissional, ja de muito tempo, tem despertado esse desinteresse e, como um bom exemplo temos aqui bem perto de nós o exemplo do nosso Grêmio que, com uma folha de pagamento de mais de 12 milhões, conseguiu cair para a segunda divisão e, se os adversários desta segunda divisão não fizessem força para o Grêmio subir, estaríamos no mesmo lugar.
Nunca empolgou, como esta Copa do Mundo ainda não me empolgou nenhum pouco, mesmo com o favoritismo do Brasil.
Sem falar no menino Neymar e todo o seu estrelismo que, além de entrar em campo com uma dúzia de seguranças em seu costado, vai se fardando aos poucos e, deixa para atar as suas chuteiras já em campo…continua o mesmo cai-cai…nada mudou também.
Permitam-me estender mais um pouquinho…o que é a ruindade dos narradores e comentaristas…saudades de Ruy Carlos Ostermann, Lauro Quadros, Paulo Roberto Falcão…
O time da Rede Globo não pode ser mais ruim do que é.
Hoje tem mais…Brasil X Suíça.