AGENDA l Uma polarização violenta

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         O tema não é muito agradável, reconheço.

         Gostaria muito mais de vir aqui nesta segunda-feira e falar de coisas mais amenas, falar de otimismo, de vitórias, falar de amor, de paz…falar de um Brasil bem melhor e mais humano.

         Mas as coisas, infelizmente, descambam apressadamente para um lado nada alvissareiro, se encaminham para uma violência desmedida, descabida, irracional e totalmente fora de qualquer propósito, quando devíamos estar discutindo amistosamente de planos, projetos, medidas que empurrassem este país para um futuro bem melhor do que esse em que vivemos.

         Não, as coisas não estão caminhando como deviam, ou ao menos, como a grande maioria dos brasileiros queriam, ou seja, que estivessem postas sobre a mesa apenas e tão somente as sugestões de melhoras para um “gigante totalmente anestesiado” pela pobreza, pela fome, pela violência, pela carestia, inflação e muito mais.

         Culpa do governo que está aí?

         Não, decididamente não.

         Culpa deste e dos outros tantos governos que já passaram pelo Palácio do Planalto.

         Não existe “um” culpado, esta que é a verdade.

         Existe, isto sim, um quinhão de culpa de cada governo que assumiu este país e, não conseguiu colocá-lo no rumo do desenvolvimento.

         O resto é colóquio flácido para vacum adormecer.

         Ninguém fez a sua parte, ninguém foi eficiente ao cabo de melhorar a vida dos brasileiros, ninguém foi competente o suficiente para trazer a tranquilidade ao povo tupiniquim, ninguém conseguiu extinguir as mazelas desta nação, como segurança, saúde, educação e todo o resto de que nos cerca como comunidade.

         Todos, sem exceção, foram inábeis, incapazes, foram incompetentes de cabo a rabo e, porque não dizer irresponsáveis com o que foram ungidos por determinado tempo pelas eleições, ou seja, a direção e encaminhamento deste país.

         E, vem tristemente afluir nesta violência sem medidas em uma polarização política totalmente infundada.

         Este caso absurdo de Foz do Iguaçu é o espelho de toda uma influência negativa, maléfica, grave, danosa e quantos outros sinônimos vocês querem nominar, pelos líderes da tal polarização.

         Falando mais popularmente: não existe nenhum santinho nessa história, nem direita e nem esquerda, não mesmo.

         Todos os dois lados se agridem violentamente, basta acessar as redes sociais e lerão, somente palavras invasiva, hostis, ofensivas e, nada, absolutamente nada de projetos para o futuro desta nação.

         Temo por esta fúria, pela impetuosidade, por esta total imprudência de quem pratica o jogo da política neste momento.

         Já passou, e muito, da hora do povo brasileiro, ao menos os sensatos, os que querem a paz, os que almejam um futuro melhor para o país, repudiarem insistentemente todo e qualquer ato de violência, principalmente agora, neste instante, quando uma campanha política se achega.

         Este ódio nefasto desta polarização só produz mais ódio, é bom que os líderes desta guerra disfarçada tomem consciência e, com consequências lesivas e funestas.

         Repito: como eu gostaria de estar aqui hoje, neste espaço, falando de amor, de alegria, de paz, do riso e de amenidades…

         Mas, a verdade é que nós como imprensa, não podemos nos calar diante de tanta violência…também temos responsabilidades, embora não tão agradáveis assim.

         Chega de tudo isso!

         Aos meus queridos leitores e leitoras, perdão…