O encruzilhadense Anderson Zerwes, integrante do Rotary Club de Encruzilhada do Sul, foi um dos seis associados do Rotary no mundo a receber o Prêmio Rotary Pessoas em Ação: Campeões da Inclusão por promover o debate e ações de inclusão no Rotary, ajudando a criar um ambiente mais aberto e receptivo a pessoas de diferentes origens dentro da organização.
Anderson liderou a criação de um Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão para os associados do Rotary e Rotaract no Brasil em maio de 2022 (@cdeibrasil). Desde então, vem trabalhando com eventos, webinares, palestras e outras iniciativas para tornar o Rotary, uma organização centenária, um lugar onde todas as pessoas tenham seu espaço.
O objetivo é que pessoas de diferentes características (cores, gêneros, identidades ou orientações sexuais, deficiências e religiões, entre outros aspectos da diversidade, se sintam acolhidas, incluídas e estimuladas a participar dos projetos humanitários da organização.
O encruzilhadense apresentou seu trabalho na Fundação Desmond & Leah Tutu, na Cidade do Cabo, na África do Sul, no dia 4 de abril. A apresentação foi feita para uma plateia de filantropos, representantes de organizações internacionais e associados do Rotary. Além do trabalho do brasileiro, outros cinco associados do Rotary apresentaram suas iniciativas.
Anderson conta que foi uma experiência única viver um momento tão importante para os rotarianos, principalmente os do Distrito 4680 do qual ele pertence. “Nós somos uma organização que encontra uma base comum em nossa humanidade e em nosso desejo de criar mudanças duradouras em nossas comunidades, no mundo e em nós mesmos. Todos os dias, usamos das perspectivas diversas de nossos associados para lutar contra as desigualdades, promover a paz e lidar com desafios humanitários em todo o globo”, enfatizou destacando que o evento foi muito importante por ser um espaço de troca de experiências com pessoas que trabalham todos os dias para construir um mundo melhor.
Durante a visita a Africa do Sul, Anderson conheceu o histórico sitio do Cabo da Boa Esperança, a praia dos pinguins; visitou o Table Mountain, considerado o parque nacional mais visitado da África do Sul e parte do Patrimônio Mundial da UNESCO. “Às vezes, o topo plano faz com que nuvens únicas apareçam como uma toalha de mesa”, destacou.
“Um dos momentos mais emocionantes, além da entrega da premiação, foi visitar a Fundação Tutu and Leah e a exposição “A Verdade ao Poder” e ao Old Granary, e a Sala de Imprensa Internacional: Ativistas sociais ávidos contra o apartheid, defendiam misericórdia e justiça. Desmond Tutu presidiu o Comitê de Verdade e Reconciliação da África do Sul e recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1984. O Old Granary foi construído em 1809. Prédio público histórico com um longo legado do colonialismo e foi da sacada na fachada de onde Nelson Mandela fez seu discurso de posse como Presidente. Hoje abriga a Desmond e Leah Tutu Legacy Foundation”, conta emocionado o encruzilhadense.
Anderson também visitou a Robben Island e a cela da prisão de Nelson Mandela. “Robben Island é uma Ilha na costa da Cidade do Cabo (cerca de 10km)onde está a construção prisional (1600), que encarcerava principalmente prisioneiros políticos, mas também era usado para colônias de leprosos. Mandela ficou preso por 27 anos por ativismo anti-apartheid. Ele foi o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul em 1994. A administração se concentrou na reconciliação racial pós-apartheid e recebeu Prêmio Nobel da Paz de 1993”, destacou.
Durante sua visita, Anderson conheceu a filha e a neta de Tutu, que administram a Fundação. Também conheceu familiares do Mandela e o guarda que esteve com ele por 10 anos e um dos prisioneiros que estava encarceirado com Mandela. “Momentos emocionantes que vou guardar para sempre em meu coração”, fala emocionado.