A notícia foi assim, um casal teve um filho. Tudo certo, foram para casa e se passaram três anos. O pai começou a achar que no filho não era parecido com ele, e desconfiou da esposa. Pediu um exame de DNA, que a esposa concordou em fazer. Todavia, desgostosa com a desconfiança do marido, acabou separando dele, antes mesmo de realizar o exame.
O resultado do exame foi assustador. O filho não era filho de marido, e nem dela. Foram até o hospital e lá descobriram que outro bebê nasceu junto com o seu. Fizeram os testes e constataram que os bebês haviam sido trocados na maternidade.
Que situação!
As cenas eram de muito desespero, das duas famílias. Uma, desfeita, outra, sofrendo com a notícia arrasadora. A mãe que não sabia de nada, aquela que não tinha brigado com o marido, deu o desfecho. Disse que jamais abriria mão do filho que criou, mas que precisava estar por perto, acompanhar a vida do filho que gerou. Disse que a solução seria formarem uma grande família.
Achei a saída mais saudável para o caso. Como o caso aquele do Salomão, que propôs cortar um bebê ao meio, e dar a metade para cada mulher que dizia ser a mãe dele. Acabou entregando para aquela que disse que a mãe era a outra. Na verdade, era a verdadeira mãe, e acima de tudo queria o filho vivo. Nesse caso aí, impossibilitada de mudar a história, propõe criarem juntas.
É um caso difícil, cuja única saída é ampliar o afeto. O único que destoa de todos é o pai que duvidou da esposa. Se não fosse a sua desconfiança, todos seriam felizes na ignorância dos fatos. E começou tudo pela sua disposição a rejeitar uma criança que agora duas mães disputam.