Boletim apresenta dados sobre a Saúde da População Migrante no RS

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A Secretaria da Saúde (SES/RS), em parceria com a Organização Internacional para as Migrações – Agência da ONU para as Migrações (OIM/ONU), e Universidade de Caxias do Sul (UCS), publicaram na última sexta-feira (8), o primeiro Boletim Informativo sobre a Saúde da população migrante internacional residente no Rio Grande do Sul.  Os dados são referentes à parcela de migrantes que acessa o Sistema Único de Saúde (SUS).

O boletim poderá ser utilizado para pesquisa por qualquer pessoa ou instituição interessada no tema.  Para Rarianne Peruhype, uma das autoras do boletim e chefe da divisão de Monitoramento, Avaliação e Articulação de Redes de Atenção do Departamento de Atenção Primária e Política de Saúde (DAPPS/SES/RS), “estudos dessa natureza são de grande importância, enquanto subsídio para a elaboração de diagnóstico, planejamento e direcionamento de ações estratégicas que visem à qualificação de políticas públicas destinadas a essa população”.

O boletim apresenta análises dos registros de Cartão Nacional de Saúde (CNS), incluindo informações sobre as nacionalidades e a distribuição de migrantes no Estado. Os dados publicados apontam que, dos 68.230 migrantes internacionais com CNS, nacionalidade identificada e residência no RS, a maioria é de Haitianos (17.244), seguidos dos Uruguaios (15.390 usuários), Venezuelanos (7.376 usuários), Argentinos (6.029 usuários) e Senegaleses (3.447 usuários).

O documento também traz o registro dos agravos de notificação compulsória que acometeram migrantes entre 2010 e 2020 e, por último, o panorama da incidência de covid-19 nessa população.

“Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas reforçam, em sua meta 17.18, a importância da disponibilização de dados de qualidade e desagregados por marcadores relevantes, inclusive por status migratório” reforça Isadora Steffens, Coordenadora de Projetos da OIM. “Através do cruzamento de bases de dados que resultou neste Boletim, foi possível realizar esse exercício alinhado com as melhores práticas da agenda de desenvolvimento global”, finaliza.

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde