Cadeirada

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Aí, no meio do debate entre os candidatos a prefeitura de São Paulo, o Datena vai lá e dá uma cadeirada no Pablo Marçal. Um gesto grotesco, violento, completamente incabível.

Voltando um pouco a cena, começa com o Datena se recusando a fazer uma pergunta para o opositor, alegando que o cara é um boçal, ou coisa que o valha. Em resposta, o Marçal acusa o Datena de assédio sexual. O Datena replica que foi inocentando da acusação, que a repórter em questão se retratou em cartório e que sua sogra morreu por causa disso. De volta ao Marçal, a afirmação de que a retratação foi comprada e então o outro, indignado, dá a cadeirada.

Esse Marçal, pelo menos no que tive acesso, só fez acusações pessoais contra os outros. Tem um jeito de falar provocante, irritante. Tira os outros do sério.

Aí, eu penso comigo que, se o Datena é inocente e aconteceu o que ele diz, a cadeirada não é totalmente inexplicável, ainda que inaceitável no ambiente em que estavam. Para que tirar da gaveta um caso assim, que está arquivado?

Mas, e se o Datena não é inocente? Pesquisando no google, encontrei várias páginas em que a repórter que o denunciou faz afirmações terríveis, e diz que o fato aconteceu. Nesse caso, ainda que de forma inconveniente, o Marçal trouxe para o público informações necessárias.

É o retrato colorido do que estamos enfrentando. Internet, google, contra informações. É tudo um monte de “se”, nenhuma certeza de nada.

De quebra, dois sujeitos “de baixa qualidade” postulando o cargo numero 1 da maior cidade do Brasil. Imagino como seria a administração desses caras. E quantos destes estão espalhados Brasil afora, nos administrando.