Inicia nesta segunda-feira (20), no Fórum da Comarca de Três Passos, o novo julgamento de Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual do crime que matou o filho, Bernardo Boldrini, de 11 anos, em 2014.
Em 2019, Leandro Boldrini foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão. No entanto, o julgamento foi anulado no final de 2021, pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O novo julgamento inicia às 9h30min e deve durar três dias. Ao todo, serão ouvidas 10 testemunhas.
Relembre:
O corpo de Bernardo Boldrini foi encontrado em 14 de abril, em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos. Para o Ministério Público, Leandro foi o responsável por planejar o crime. Conforme a acusação, ele e Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, não queriam dividir com o menino a herança deixada pela mãe, Odilaine, falecida em 2010. O casal teria oferecido dinheiro para Edelvania Wirganovicz ajudar a executar o crime.
Bernardo, não sabendo do plano, aceitou ir, em 4 de abril, até Frederico Westphalen com a madrasta para ser submetido a uma benzedeira. O menino acabou morto por uma superdosagem de Midazolan, medicação de uso controlado. Seu corpo foi enterrado em uma cova vertical, aberta por Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvania.
Para encobrir o crime, Leandro teria feito um falso registro policial do desparecimento do menino.
Leandro Boldrini está preso preventivamente desde abril de 2014. Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, condenada a 34 anos e sete meses, segue presa e tem previsão para progressão de regime para o semiaberto em 2026. Edelvania Wirganovicz, amiga do casal e que ajudou Graciele, condenada a 22 anos e dez meses, está em regime semiaberto. E Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvania, condenado a 9 anos e seis meses, está em regime semiaberto, atualmente em livramento condicional.
Fonte: Portal Arauto e Assessoria de Imprensa
