CISMAS l Para que não sofram nenhum mal…

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        Se existe algo que admiro, e muito, é a diversidade linguística e cultural deste nosso imenso Brasil.

        Penso ser totalmente impossível ter conhecimento de todas essas manifestações populares no que tange as filosofias recitadas no dia a dia pelo povo tupiniquim.

        Aqui no nosso querido Rio Grande do Sul, o solo é fértil nesta questão, ainda mais quando estamos convivendo dentro de um galpão de estância, com um fogo de chão, água quente e o chimarrão para cevar conversas contadas pela imaginação e crendice de nossos irmãos.

        É beber direto na fonte tais “sabedorias”, e que acrescentam na cultura um “eito” de curiosidades, verdades e superstições.

        Falo tudo isso, pois gostaria que vocês lessem o que eu achei, nas minhas pesquisas literárias, em um blog, lá no norte do país, mais precisamente na Tribuna Amapaense, ou seja, o entrelaçamento de informações, sem se importar com as distâncias:

“…Segundo os gaúchos, o cachorro que pastoreia ovelhas quando mata uma e come, não adianta você prendê-lo por um tempo, esperando que ele se regenere da degeneração comportamental porque na primeira oportunidade ele vai matar e comer ovelha novamente e, se não for sacrificado, dizimará todo o rebanho.”

         Verdade.

        Aqui ainda se diz que cachorro comedor de ovelha nem passando com o rebanho por cima ele se ajeita.

        A prática nos diz que esse cachorro está com o destino selado, e não vejam com maus olhos, pois trata-se de uma tradição pratica nas fazendas, todavia, sempre com a interferência de alguns, em último caso tal animal vai parar no pátio da residência do proprietário, na cidade.

        Menos mal.

Ponto. Nova linha, letra maiúscula.

Faço essa introdução, pois me preocupa e muito o que vai acontecer a partir do dia 1 de janeiro de 2023, já tendo em vista o que está acontecendo agora, tipo a quebra da lei das estatais para acomodar “companheiros” …, novecentas pessoas na equipe de transição, ministro da fazenda que nada entende, praticamente com uma primeira-ministra de aliança no dedo, o desejo que Maduro venha em sua posse, irresponsabilidade fiscal, dentro outras tantas que, aposto, ainda não ficamos sabendo.

E esta preocupação vem de encontro ao ditado que acima citamos, ou seja: será que vamos ter, de novo, um “bis” (redundância) dos 16 anos em que este cidadão esteve no poder, ou ao lado bem próximo do poder?

O presidente eleito fez um primeiro mandato (2003-2006) conciliando austeridade com políticas sociais, mas, depois de reeleito, abandonou por total a responsabilidade e ampliou insanamente a gastança, desequilíbrio que esteve na raiz da brutal crise econômica de meados da década passada, na gestão Dilma Rousseff.

Também por isso (pois tem muito mais coisas e, uma delas é se ter um presidente “descondenado” e liberto por um stf de cartas marcadas – isso é ponto pacífico, ao menos para as pessoas de bem e honestas), a sociedade não deseja ver repetidas as práticas desastrosas como o inchaço da máquina pública (falam em 35 ministérios – será que não é um pouco demais? O atual presidente trabalha com 23 ministérios), o financiamento a regimes ditatoriais de esquerda e relações promíscuas com o congresso e partidos aliados, como as que desembocaram nos escândalos de corrupção desvendados pela Lava-Jato.

Nunca é demais ter cismas por uma fiscalização, agora e por todo o mandato, ferrenha, implacável, enérgica, contudo, dentro dos preceitos que regem o regime democrático.

O que há de mal nisso?

Para que as ovelhas não sofram nenhum mal…