Ano passado, mais ou menos por essa época, escrevi um artigo aqui no 19, onde perguntava qual seria o nosso sentimento caso Encruzilhada fosse invadida. Tentei trazer à reflexão dos leitores o sentimento dos Ucranianos, assistindo tropas Russas invadirem e devastarem seu território, suas cidades, matando soldados e cidadãos comuns. Sou um cidadão comum, e por isso me identifico com os moradores do país invadido.
A Rússia tem suas razões para invadir os vizinhos. O mundo é cheio de interesses e um país ajuda daqui, outro ajuda dali, intrigas de toda ordem e lado, e a guerra se estende por mais de um ano.
Presidente brasileiro vem se apresentando para mediar a solução da guerra. É uma boa iniciativa, afinal guerra é ruim. Como base de mediação traz a frase antiga “quando um não quer, dois não brigam”, a fim de propor que os dois lados cedam um pouco e encontrem a paz.
É uma frase bonita, uma ideia interessante. No entanto, pode não ser suficiente para resolver o problema. Quando penso sobre o assunto, volta a minha identificação com as pessoas comuns, os cidadãos, que vivem na Ucrânia. Seu território foi invadido, cidades destruídas, colheitas perdidas, como fica isso? E os mortos?
E se Encruzilhada fosse invadida, houvesse destruição, mortes, e alguém se apresentasse para mediar um acordo dos encruzilhadenses com seus invasores, para terminar o conflito. Quais seriam as bases desse acordo?
Não sou líder mundial e não teria condições de resolver problemas tão difíceis. Não vai ser fácil. Vou ficar aqui, assistindo e torcendo que existam líderes capazes. Tomara que consigam.