…era visto.
Favas contadas.
O placar está 5 x 1, no STF, mas, como não poderia deixar de ser, a favor da permanência do Fundo Eleitoral em R$ 4,9 bilhões, destinado ao financiamento das campanhas eleitorais deste ano.
Tudo leva a crer que o plenário será conivente com mais este absurdo aprovado pelo Congresso Nacional.
Kassio Nunes Marques, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso são os votos que concordam com este disparate.
Como nós somos parvos, tolos, babacas em pensar que estes ministros votariam a favor do povo brasileiro, ou, ao menos eu acreditei que isto poderia ter um fim e, ficar no valor estipulado primeiramente, que seria de R$ 2,3 bilhões, valor este já reajustado e que, é muito mais do que o suficiente.
É preciso que tenhamos em mente as dificuldades por que passa o nosso povo, é preciso ter consciência das dificuldades da nossa economia, a questão do emprego, da cesta básica, da casa própria, da saúde pública…enquanto nossos milionários políticos ganham de lambuja, para gastarem em campanhas eleitorais, essa barbaridade.
Não, não é fácil admitir.
Estamos diante de mais um dos grandes absurdos que a política brasileira é capaz de produzir e, com a conivência dos magistrados que se dizem paladinos dos tupiniquins e, de lambuja, exigem respeito ao STF.
Além de tudo isso, será que vamos ter que voltar a falar dos vinhos e uísques importados, copos de cristais Baccarat, do caviar, das lagostas, dos assessores, motoristas, planos de saúde, camareiras, cozinheiras…etc., etc., etc?
Quem não se dá o respeito, não tem direito nenhum a exigir respeito, ao contrário.
Agora, e cada vez mais, nós povo brasileiro, estamos numa enrascada medonha e, não se vê nenhuma luz no fim do túnel, ou seja, legislativo e judiciário trabalhando juntos (escrevo legislativo e judiciário em letras minúsculas, pois não merecem as minhas considerações, assim como ministros e políticos de toda ordem), devemos considerar um fundo sem fim.
Ao que se parece, o voto contrário ao valor de R$ 4,9 bilhões do fundo eleitoral do relator, ministro André Mendonça, vai sofrer uma derrota sem precedentes, o que demonstra a imoralidade de tudo isso.
Diante disso, e, o que eu considero muito pior, é a nossa impotência em mudar estes descaramentos políticos, pelo tanto das redes de proteção que os congressos nacionais vêm tecendo ao longo de todos esses anos (o congresso nacional foi criado no ano de 1824, em sistema bicameral).
Já o supremo tribunal federal (pelo meu repúdio, também em letras minúsculas), foi adotado na Constituição Provisória através do Decreto nr.510, de 22 de junho de 1890.
Como podem perceber, não temos estrada suficiente para tanto, ou seja, para combater tanta desfaçatez, até que se apresente um líder que, pela democracia e o voto, tome partido dos brasileiros e, imponha com determinação e perseverança, o fim de toda esta balbúrdia.
Ainda falta o voto de cinco ministros e a retomada do julgamento está previsto para a próxima sessão marcada para o dia 03 de março.
Contudo, o resultado dificilmente será mudado, aliás, eu diria com todas as letras: impossível de ser mudado, visto as conivências existentes.
A política e o poder costumam levar a uma série de cacoetes mentirosos, de ocultação, hipocrisia, demagogia, segredos, manipulações, violações e subordinações ilegítimas.
Francisco Marshall – historiador e arqueólogo