O governador Eduardo Leite participou, nessa quinta-feira (23), do seminário Realidade das Mudanças Climáticas: os Desafios da Governança e da Reconstrução, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). O encontro reuniu, ao longo do dia, no auditório do MPRS, em Porto Alegre, autoridades e especialistas da área para debater ações de mitigação e resposta aos efeitos de eventos climáticos adversos.
Leite apresentou um painel sobre o enfrentamento das mudanças climáticas nos Estados ao lado do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. O governador gaúcho abordou as medidas em resposta aos eventos severos que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo deste ano e as políticas e investimentos do Estado na agenda climática.
O tema, destacou Leite, envolve também uma atuação para reduzir o impacto ambiental das atividades humanas (o que inclui a transição energética) e o alinhamento entre poder público e outros atores da sociedade. “As mudanças climáticas são reais e é preciso ter noção de urgência. É algo que exige governança e articulação entre poder público, sociedade, academia e setor privado, todos juntos numa mesma direção. Por isso, estamos instalando um gabinete de crise climática, alinhando ações entre todos esses atores”, observou. As primeiras reuniões do gabinete devem ocorrer no início de dezembro, de acordo com o governador.
Outro desafio citado por Leite foi o financiamento de ações para mitigação, prevenção e adaptação em relação ao que já está mudando no clima. “São ações que custam geralmente muito dinheiro. Estamos falando de centenas de milhões ou bilhões de reais que são necessários para diques, contenções e para a parte de resiliência e adaptação. Por isso é tão importante o Estado ter também saúde fiscal para poder promover esses investimentos”, explicou.
O governador também mencionou os aportes que estão sendo realizados em resposta aos estragos causados pelos ciclones e pelas enchentes que afetaram o RS em 2023. Já foram anunciados R$ 1,26 bilhão em recursos extraordinários neste ano. Até novembro, o aporte foi de R$ 213 milhões.
Os valores foram repassados para áreas da saúde, conservação de estradas, programa de auxílio às famílias de baixa renda atingidas (Volta por Cima), mobiliário de escolas, auxílio aluguel e recuperação de solo das áreas atingidas, entre outras iniciativas. “Só em horas-máquina e outros recursos diretos para os municípios para reconstrução foram mais de R$ 100 milhões”, pontuou Leite.
Fonte: Governo do Estado do RS