Massa de colher

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Quem não tem cão, caça com…

Essa eu jamais tinha visto, o seja, massa com colher…

        Há muito tempo atrás, lá na antiga sede da AABB, que agora, parece-me está totalmente abandonada, de uma certa feita um grupo de amigos fez um grupo para realizar jantas festivas.

        O primeiro mandamento deste grupo era de que as jantas saíssem sempre nas segundas-feiras, pois que, segundo alguma informação que chegou, era um costume alemão, com a finalidade de começar sempre a semana em alto astral.

        Tem sentido.

        Já pensaram nisso? Então pensem!

        Depois de um fim de semana, a segunda-feira estava reservada para bater papo com os amigos, conversar sobre as novidades, contar os feitos dos últimos dias, enfim, um início de período estratégico, para que se tivesse ânimo ao vislumbrar os compromissos que ora se iniciavam.

        Nunca ninguém contestou.

        Ao contrário, o dia se revelava maravilhoso para um encontro desses.

        Não preciso dizer a vocês que os cardápios eram os mais variados possíveis.

        Cozinheiros nunca faltou.

        Sendo que, o grande lance eram as receitas que apareciam, totalmente diferentes do nosso dia a dia, tal qual o feijão, arroz, bife e batatas fritas, por exemplo, que são corriqueiras.

        Ah, sim, faltaram os ovos fritos, com a gema quase crua, em cima do arroz, que é para escorregar por ele e banhar de amarelo-ouro seus grãos.

        Claro, nunca foi ruim, muito antes e pelo contrário, a ala minuta sempre foi e será bem-vinda em todos os momentos.

        Aliás, quando se chega num restaurante, principalmente na beira de estrada ou, quando se está com pressa para almoçar, a ala minuta sempre é o prato preferido.

        Uma beleza culinária.

        Mas, num certo dia lá, apareceu uma receita que, ao que me parece, foi repassada por um nosso grande amigo (não o nomino por não estar autorizado a revelar seu nome), e, não preciso dizer a vocês que até hoje é um grande sucesso.

        Galinha na cerveja, com massa.

        Eu prefiro com massa, mas ela pode vir acompanhada de arroz, simplesmente, e uma salada de alface, tomate e cebola, ou frutas, daí é vocês quem mandam…

        Vocês conhecem?

        Pois bem, um dia eu conto para quem não conhece, principalmente pela praticidade de fazer este prato e, mais ainda, pela gostosura de que ele é.

        Pois bem, num destes dias aí, um certo amigo me mandou duas fotos, as quais estão ilustrando essa crônica e que quase não acreditei.

        Ele me disse: Carreta, hoje eu comi massa de colher!

– Como assim, massa de colher? Tchê, meu ilustre amigo, sou de origem italiana, e sei que as pessoas inábeis com o garfo e massa, utilizam-na para tanto, seria isso?

– Não, não foi isso. Fiz uma galinha na cerveja, daquelas lá das segundas-feiras na AABB, com massa e, abusei do molho, que é o “tchan” do prato e, quando cheguei ao fim, para não desperdiçar aquele apetitoso caldo, adivinha? Dei de mão numa colher! Era o que tínhamos para o momento, para saborear o molho.

– Foi uma grande campereada.

– Pois é, pelo visto e pela foto, ficou muito bem ilustrada a tua campereada e funcionou confortavelmente para ti, ao que parece…

– Parabéns, ao que tudo indica, estava uma verdadeira maravilha…deu água na boca.

Afinal de contas, quem não tem cão, caça com…

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