A filha do meu funcionário é adolescente e estuda na Escola Dom João VI, aqui no Vau dos Prestes. Todas as manhãs, um ônibus escolar, pintado de amarelo e preto, vem busca-la no portão. Mais tarde, um pouco antes de uma hora da tarde, entrega a menina no mesmo local.
Sou do tempo em que as crianças estudavam em pequenas escolinhas, no interior. Não havia meio de transporte para os alunos e nem divisão de salas de aula. Uma única professora ensinava para diversas séries, ao mesmo tempo.
Agora é diferente. Escola Pólo. Com refeitório, biblioteca, diversas turmas, professores para todas as matérias. Em breve a escola terá até uma quadra de esportes. Coberta.
Nos últimos fins de semana, a minha amiga aqui teve a oportunidade de vivenciar experiências inéditas e maravilhosas com a escola. Primeiro, uma excursão até Santa Cruz do Sul, onde foram ao cinema, diversão inexistente em Encruzilhada. Agora, no ultimo final de semana, outro passeio, de fundamento!, como se diz por aqui. Porto Alegre, museu da PUC. Um dia inteiro de aventuras. Tudo, absolutamente tudo, novidade, pois ela não havia saído, até agora, destas redondezas de Encruzilhada e Canguçu. Então voltou a noite, e depois fez uma visita para nos contar. A ponte do Guaíba, a Arena do Grêmio, o Beira Rio, a Feira do Livro, Mercado Público, o Museu. A capital do Estado. É muito legal ver, nos jovens, o efeito de uma viagem assim. Voltam contando mil coisas, os olhos brilhando com as novidades.
Uma viagem assim vale por um semestre de aulas.
Muito se fala no nível de ensino no Brasil. Evidente que muito precisa ser melhorado, mas essa gurizada daqui do Vau, da Dom João VI, tem oportunidades que certamente seus pais não tiveram. Isso é um avanço. Que bom para eles.