A derrota do Brasil para a Croácia mostrou que o Brasil levou uma seleção, mas não um time, para o Catar.
Explico. Seleção é escolha. Tite escolheu, entre todos os jogadores disponíveis, aqueles que considerava melhores, mais afinados com o que ele pensa do esporte, e talvez alguns que os cartolas mandaram levar. No entanto, esses jogadores, juntos, não formaram uma equipe forte. Tanto que acabaram perdendo para um time vindo de um país muito menor, com muito menos jogadores disponíveis para selecionar.
Nem sempre os melhores formam as melhores equipes.
Em todas as partidas senti falta de um esquema forte de jogo. E de vontade de ganhar. A copa está provando que se formam times competitivos mesmo com jogadores menos famosos. É preciso treino, tática, liderança. Mas, para ganhar, precisa uma força interna poderosa. Aquela que faz as coisas acontecerem. Exemplos como Argentina, Croácia, Marrocos, provam isso.
Em tudo na vida é assim. Uma nação, por exemplo. Organização, meta, honestidade, espírito vitorioso, fazem as nações poderosas. O Brasil luta com força para tornar-se uma grande nação. Mas acabamos escolhendo líderes nem sempre honestos, com pensamentos ideológicos opostos, e no final acabamos sempre falhando nos quesitos organização, metas. E ficamos incompletos.
Como nossa seleção, ficamos melhor que os bem fracos, mas perdemos para os melhores.
Não precisamos nos desesperar, no entanto. Na copa do mundo, somente um time é campeão. Então, outros que fizeram melhor que nós, também sairão frustrados.
No fim das contas é isso. Caprichar, aprender, treinar, fazer muita força. E fazer tudo de novo se não der certo.
No esporte e na vida.