As drogas psicoativas são substâncias que agem no cérebro, alterando as sensações, o estado emocional e o nível de consciência. Existem as drogas lícitas, como o álcool e as ilícitas ( maconha, cocaína, crack, etc. ).
O álcool é uma droga lícita cujo consumo é permitido em ambientes privados e públicos. É encontrado em qualquer lugar e a venda é praticamente livre. Na verdade, o consumo é incentivado. Não raras vezes as pessoas abstêmias são vistas por familiares e amigos com curiosidade e até preconceito.
São vários os motivos que levam as pessoas a ingerir álcool. A pressão social, necessidade de fazer parte de um grupo, modismo, vazio existencial, desajustes familiares e dificuldades para enfrentar os desafios da vida, dentre outros.
Existe uma doença que infelizmente atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo: O alcoolismo, que se caracteriza pela dependência química ao álcool.
Alguns especialistas relacionam o alcoolismo não tanto à quantidade ingerida, mas à incapacidade de parar de beber após o primeiro gole. Seria como se houvesse um gatilho que desencadeasse um consumo desenfreado. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que confirmem o diagnóstico de alcoolismo, razão pela qual muitas vezes o doente resiste em admitir a enfermidade e iniciar o tratamento para controlá-la.
Os danos causados pelo alcoolismo são impossíveis de ser mensurados: homicídios, suicídios, acidentes de trabalho e de trânsito, fim de relacionamentos afetivos, famílias destroçadas, fortunas desperdiçadas, empregos perdidos, etc.. A lista é infindável.
Existem muitas instituições que fazem um trabalho maravilhoso e muito meritório de auxílio aos doentes. Destaca-se o A. A. – Alcoólicos Anônimos, criado nos Estados Unidos em 1935 por um corretor de seguros e um médico considerados alcoólatras irrecuperáveis. O Papa João XXIII, ao falar sobre o A. A. referiu: ” Alcoólicos Anônimos é o milagre do Século XX ” .
Uma situação alarmante no que diz respeito ao álcool é o crescente consumo pelas mulheres, jovens e até pelas crianças. Classifico a situação como catastrófica. Digo sem medo de errar a qualquer pessoa que uma das melhores decisões que um indivíduo pode tomar é parar de beber. Para quem não é doente é uma libertação e para os alcoólatras uma necessidade.
Infelizmente a humanidade está perdendo a guerra para o álcool.
É importantíssimo que as famílias prestem atenção nos indivíduos e na forma como bebem e peçam ajuda. Também as autoridades devem criar políticas públicas para amenizar esse terrível problema. Mas uma coisa é certa: a iniciativa de recuperação deve sempre partir da pessoa, aceitando ser portador da doença, reconhecendo a sua total impotência frente ao álcool com muita humildade e resignação e com a plena consciência de que o alcoólatra não pode “ beber só um pouquinho”…. isso não existe. É uma luta diária na manutenção da sobriedade, com coragem e determinação.
A boa notícia é que há esperança. Existem inúmeros casos de pessoas que venceram o alcoolismo e passaram a desfrutar da verdadeira alegria de viver.
Lancemo-nos neste desafio, com a certeza que Deus ilumina os passos dos que se dispõe a caminhar na senda do bem e lutam pelas boas causas.
Jader Augusto Rodrigues