Pois eu estava muito preocupado com a quantidade de livros que já li e ainda tenho por ler, se bem que é uma das minhas predileções, porque ao deles recordar os títulos, não são todos os enredos que trago na memória, assim, de pronto.
São tantos…histórias, filosofias, casos policiais, romances, doutrinas, autoajuda, evangelizadores…e foi sempre por aí que não me preocupava em não tê-los na ponta da língua, ou seja, por ser tantos, mas de uns tempos para cá, uma pulga começou a peregrinar por detrás das minhas orelhas: como e por que eu esqueci as histórias que eu li?
E vocês, lembram dos livros que já leram, das suas histórias, dos seus enredos? Todos?
Seria isso um privilégio meu, ou vocês também comungam desta minha preocupação?
Então, dia desses pelas redes sociais, me caiu aleatoriamente, uma bela e contundente história, que eu não deixaria, jamais, de omiti-la… vou de reparti-la com vocês e é exatamente isso que faço agora…
Não sem antes dar o seu crédito: ela me chegou por um post do Pastor Sergio Feliciano, Ministro evangélico, nascido e criado na cidade de Nova Lima, MG, presidente da Vida Nova Comunidade Pentecostal; seu ministério a 22 anos enfatiza a oração e a pregação genuína do evangelho de Cristo.
Senão, vejamos a história contada por ele:
“Eu li muitos livros e esqueci-me da maioria; mas então qual é o propósito da leitura? Essa foi a pergunta que um aluno fez uma vez ao seu professor. O professor não respondeu na altura; no entanto, após alguns dias, enquanto ele e o jovem aluno estavam sentados perto de um rio, ele disse que estava com sede e pediu ao menino que lhe trouxesse um pouco de água com uma peneira velha e suja que estava em o chão. O aluno se assustou, porque sabia que era um pedido sem lógica. No entanto, não pôde contradizer o seu mestre e, tendo tomado a peneira, começou a realizar esta absurda tarefa. Toda vez que mergulhava a peneira no rio para trazer um pouco de água para levar o seu mestre, ele não conseguia nem dar um passo em direção a ele, pois não sobrava uma gota na peneira. Ele tentou e tentou dezenas de vezes mas, por mais que ele tenha tentado correr mais rápido da
costa para o seu mestre, a água continuou passando por todos os buracos da peneira e perdeu-se no caminho. Exausto, sentou-se ao lado do mestre e disse:
-Não consigo arranjar água com essa peneira; perdoe-me, mestre, é impossível e eu falhei na minha tarefa.
– Não – respondeu o velho sorrindo – você não falhou. Olha a peneira: agora brilha, está limpo, está como novo. A água, que se filtra pelos seus buracos, limpou-a.
-Quando lês livros – continuou o velho mestre – você é como uma peneira e eles são como água do rio. Não importa se você não consegue guardar na memória toda a água que eles deixam fluir em você, porque os livros, no entanto, com suas ideias, emoções, sentimentos, conhecimento… a verdade que você encontrará entre as páginas, limpará sua mente e espírito, e tornará você uma pessoa melhor e renovada. Este é o propósito da leitura.”
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Então, calei-me diante das minhas preocupações e, comprei mais outros seis livros para engrossar as minhas leituras, ao deleite das boas horas com eles.
Que eu esqueça-os, mas nunca deixarei de amá-los.
“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca”. Jorge Luis Borges – poeta, escritor e tradutor argentino
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