Quem é Cássio Alves, chefe do tráfico que está foragido

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Considerado chefe do tráfico na região, Cássio Alves dos Santos está foragido desde o final do mês passado. O homem é apontado como sendo um dos líderes da facção Os Manos, grupo que teria relação com, pelo menos, 40 homicídios desde a chegada dele no Vale do Rio Pardo, em 2013, e que movimenta grandes quantias com a venda de cocaína.

Preso em janeiro de 2019, durante a Operação Cúpula, que teve como alvo o grupo que tem atuação em todo Rio Grande do Sul, Cássio foi encontrado em uma cobertura tríplex de Santa Cruz. Avaliado em mais de R$ 1 milhão, o imóvel no Bairro Avenida era luxuoso e contava com piscina privativa e banheira de hidromassagem.

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Para tentar explicar a vida de alto padrão que levava, o homem, que também é colocado como braço direito de Chapolin, se apresentava como empresário de jogadores de futebol e responsável por um depósito de bebidas. Assim que foi preso, Cássio foi encaminhado à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

No final do ano passado, ele recebeu uma tornozeleira eletrônica e escolheu Capão da Canoa como município para cumprir a pena. No litoral norte, criou um perfil no Instagram e, usando o nome de Cássio Santos, passou a trabalhar como corretor de imóveis. As fotos e outras informações foram apagadas poucas horas depois dele romper o equipamento que monitorava a localização.

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Segundo a responsável pelas investigações, delegada Lisandra de Carvalho, os dados levantados pela inteligência da Polícia Civil mostram que a tornozeleira foi desativada quando Cássio entrava em Porto Alegre, a mais de 100 quilômetros de onde deveria estar. Os últimos registros do aparelho são de 24 de agosto.

Para localizar o criminoso, os agentes apostam em duas frentes – o recebimento de denúncias anônimas e o trabalho em conjunto com delegacias de outros municípios. A comunidade é considerada uma aliada e informações que possam auxiliar no trabalho desenvolvido pela polícia devem ser repassadas através do telefone (51) 3718-1137, que também funciona como WhatsApp.

Por conta do poder aquisitivo do grupo criminoso, uma das preocupações é que o foragido possa deixar o Brasil, especialmente em direção aos países que contam com fronteira terrestre. “Tendo em vista as condições financeiras e as ligações que ele tem com outros indivíduos em outros estados e fora do país, é uma hipótese”, destacou a delegada Lisandra.

Fonte: Portal Arauto