Um dos maiores alívios de uma mulher

0
190

O que uma boa leitura não faz… ou melhor, faz…

        Tenho o impulso de ler de dois a três livros ao mesmo tempo e, isto requer que tenhamos uma bela concentração nos temas que estão sendo apreciados, pois que podemos, ao retornar de um livro para o outro, perder o “fio da meada”.

        Sim, é complicado, mas até três livros ao mesmo tempo, segundo a minha experiência, está dentro do razoável.

        Então, neste momento, são três os autores que leio: Mário Prata, Dale Carnegie e Paulo Mendes Campos.

        São dois excelentes cronistas, Mário Prata e Paulo Mendes Campos e um best-seller, que conversa com as emoções, de Dale Carnegie.

        Estava lá, eu, lendo tais conjuntos de folhas impressas, quando e senão quando, uma das páginas de Paulo Mendes Campos (escritor, poeta e jornalista mineiro), me chamou a atenção.

        São coisas que ele salientou e que são corriqueiras, e, justamente as coisas que eu adoro transcrever em minhas crônicas, pois que se trata dos flagrantes do cotidiano, as “tiras” de nosso cotidiano diário, mas que traduzem na simplicidade dos fatos, a felicidade de “ter e ler” a vida.

        Pois falava ele de coisas abomináveis na vida, como por exemplo declarar o imposto de renda.

        Tem chatice maior?

        Ah, tem sim.

        Por exemplo, entrar numa fila.

        Então, tem aquela que a fila do lado sempre é a que vai mais rápido, daí tu passa para fila do lado e, então, a fila que passa a ser mais rápido é a fila em que tu estavas antes.

        E uma broca de dentista, então?

        Por falar na saúde: quem é que gosta aí de uma sala de espera em um consultório médico?

        E a raiva que dá quando se “ganha” um beliscão? Ou chuta com o “minguinho”, a quina de uma mesa?

        Pois tudo isso e muito mais, nosso cronista Paulo Mendes Campos vinha citando, e de repente, também passou a relatar as coisas boas da vida e, naturalmente uma me chamou muito à atenção e que, não tenho dúvidas que é um dos maiores alívios que uma mulher pode sentir.

        Ah, sim, não vamos aqui entrar no mérito de sentimentos, tipo um ex-amor despachado, um beijo odiado e não dado, um casamento arranjado e não efetivado…

        Entre mais de cinquenta citações de coisas boas que as pessoas gostam de sentir, de ver, de comprar, de usar, que nosso autor citou, eu escolhi uma que tenho quase que certeza absoluta, a mulher deve adorar…adorar não, amar…amar não, louvar… louvar não, gritar de prazer (não, não estamos também falando de sexo, por favor… ainda mais numa Quarta-Feira de Cinzas).

        Vejam só alguns exemplos que ele citou: café em cama de hotel, sombra de uma árvore, sol de manhã no inverno, dinheiro encontrado no bolso, chegar em casa, aroma de chuva na terra…e outras tantas dezenas.

        Eu me atrevo a citar mais uma: uma bergamota doce, no pé, depois do almoço, no inverno…

        Pois é, mas a citação de Paulo Mendes Campos que eu escolhi e, por dedução, minha certeza vai de encontro a sensação de um grande, aliás, um enorme alívio que as mulheres sentem, é:

– Tirar…tirar não, “arrancar” e jogar longe os sapatos de salto alto, ao chegar em casa, depois de um baile!!

        Ainda mais se for um baile de carnaval, vai dizer que não?

-:-

 AGENDA

Esta coluna contém informação, opinião e flagrantes do cotidiano.

Direitos Reservados na Lei 9610/98