@Voto aos dezesseis anos@

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Antes de mais nada, aqui vai apenas e tão somente uma reflexão e, não quer dizer, necessariamente, que é a opinião deste espaço.

Os acontecimentos precisam ser pensados e, como tudo neste país, as contradições estão aí para nos trazerem as dúvidas.

As campanhas se sucedem aos borbotões, para que nossos jovens entrem no site “tse.jus.br”, e sem nem precisar sair da frente do computador, façam os seus títulos eleitorais.

Querem tarefa mais descomplicada e rápida do que essa?

E por que as campanhas?

Qual o interesse do tse (aqui vocês vão sempre encontrar esta e outras siglas em minúsculo, porque não merecem a minha consideração e, nada me obriga a fazer diferente), e de mais alguns que outros que estão engajados nesta luta?

Onde mora o perigo e que não estamos enxergando?

Jovens, dezesseis anos, voto…?

Fico aqui a imaginar…

Porque percebemos, clara e limpidamente, são estes mesmos jovens totalmente desinteressados pela vida política deste país, caso contrário, o tse e nem esses alguns que outros, estariam fazendo tais campanhas.

Ah, foi uma conquista da Constituição de 1988! Sim, realmente foi, muito mais pelos jovens daquela época, mas notem que eram jovens universitários, jovens estudantes secundaristas, jovens engajados em partidos políticos, em lutas armadas, e em busca dos anseios daquela conturbada época…vejam bem, daquela conturbada época.

Fui testemunha de tudo isso, eu vivi tudo isso, portanto tenho na pele o pleno conhecimento do que falo.

Mas, evoluímos…

Estamos hoje, na era “5G”, metaverso, home-office…

Por que, então, não está havendo a adesão em massa de nossos jovens de dezesseis anos?

Aliás, suscita aqui também outra questão: se aos dezesseis anos os jovens, no entender “dos entendidos”, estão aptos a participarem e decidirem na vida política de um país, por que então não podem responder criminalmente por seus delitos, caso assim os pratiquem?

Reafirma ainda mais a nossa desconfiança e de mais de milhões de brasileiros, de que vivemos num país totalmente contraditório.

Voltamos a repetir: apenas estamos levantando questões a serem refletidas, discutidas, relembradas.

Em nosso interior, diríamos: “isso não vai assim como faca em sabão”.

Por que esses jovens não podem já ter as suas cartas de motoristas?

Por que ainda não conseguem definir as suas profissões (não são todos, é óbvio, mas a grande maioria…)?

São muitas as interrogações…

Sinceramente? O medo de que algo muito grande está por trás de tudo isso é eminente, quando exatamente sabemos que nossos jovens nessa idade não estão interessados nesta política corrupta, lodacenta, hipócrita, cínica e permissiva.

Bem fazem eles em ficarem longe de tudo isso, bem fazem eles…enquanto podem…

Ou, até que mudem conceitos, atitudes, interesses, caráter…

Afinal de contas, votar ou não aos dezesseis anos, é facultativo, portanto, quem quiser, pode.

Não é proibido…

Então, campanha para quê?