Na manhã do sábado (19), a Chama Crioula foi acesa no município de Cristal, em frente à casa onde viveu o general Bento Gonçalves, líder da Guerra dos Farrapos. A cidade do sul do Estado faz parte da 16ª Região Tradicionalista.
Os Grupos Cavaleiras de Trança e Espora e Farrapos participaram da Cerimônia representando o município de Encruzilhada do Sul.
O Trança e Espora, comandado pela patroa Alana Rael, depois da distribuição da Chama Crioula, no Cristal, já iniciou o trajeto de translado. Assim como no ano passado, o Grupo realiza o trajeto em duas etapas. A primeira parte no final de semana do acendimento da chama e o restante no final de semana do feriado de 7 de Setembro.
Já o Grupo Farrapos, voltará a Cristal, saindo de Encruzilhada no dia 6 de setembro para buscar uma centelha da Chama Crioula no CTG Bento Gonçalves, retornando no dia 13 de setembro.
A cerimônia da 74ª Geração e Distribuição da Chama Crioula do Rio Grande do Sul teve destaque para duas mulheres: Ilva Goulart, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG-RS), e Maria Luiza Benitez, cantora, compositora, radialista e patrona dos Festejos Farroupilhas.
Ao longo das próximas quatro semanas, a chama será distribuída para as 30 Regiões Tradicionalistas do Estado, que levarão o fogo para todos os 497 municípios gaúchos.
Segundo o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG-RS), este ato, que se repete anualmente desde 1947, simboliza a coragem, a união dos povos e o sentimento de pertencimento do gaúcho às tradições. A chama deve chegar a todas as cidades antes do dia 20 de setembro, data máxima do tradicionalismo e momento em que o fogo é extinto.
O trajeto é feito a cavalo, e os cavaleiros chegam a percorrer distâncias que superam 500 quilômetros para chegar a cidades do Noroeste, Norte e da Fronteira Oeste do Estado. Eles avançam em média de 30 a 40 quilômetros por dia e contam com uma equipe de apoio, a qual faz o planejamento da viagem e vai à frente em carros ou caminhões, montando acampamentos e preparando refeições. Se acontecer de a chama dos cavaleiros se apagar no caminho, há um lampião com o fogo dentro dos veículos de apoio, para que ela seja novamente acesa.