A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) está utilizando inteligência artificial para desenvolver soluções que possam otimizar o segmento. A instituição projetou armadilhas inteligentes, que são equipamentos eletrônicos usados para monitorar a população de pragas que afetam o cultivo.
Pequenos computadores, embarcados em uma rede de armadilhas espalhadas na propriedade, captam imagens e identificam, automaticamente, qual a praga — e a quantidade de insetos — que está prejudicando o plantio. Os sensores comunicam-se por meio de uma rede sem fio. A máquina faz todo o processo que antes demandava muito trabalho humano e era mais sujeito a erros. O objetivo do projeto é melhorar a realidade produtiva no campo.
“Monitoramos a população de duas pragas em pomares, com redes neurais artificiais, para verificar se é preciso aplicar defensivos. É uma técnica precisa, com alto grau de acerto. Então, a gente vê a eficiência da inteligência artificial”, afirmou Paulo Ferreira Jr., professor pesquisador da UFPel.
Outro case interessante é o da marca coletiva Amecitrus, que foi criada para fortalecer a cadeia produtiva da citricultura no Vale do Caí. Com sabor bastante adocicado e agradável, a bergamota montenegrina tem excelente aceitação no mercado brasileiro. A marca Amecitrus foi pensada como alternativa de agregação de valor, consolidando a produção de frutas cítricas naquela região do Estado. A iniciativa visa ampliar a visibilidade do produto, a partir de ações de marketing, e abrir novos mercados.
“Em 2019, foi fundada a Associação da Citricultura do Vale do Rio Caí, que compreende 77 famílias produtoras e tem o propósito específico de fazer a gestão da marca coletiva, isto é, dizer quais são as regras de utilização e quem pode utilizar. A ideia é que a fruta seja cada vez mais reconhecida pelo seu padrão diferenciado”, afirmou o gestor de projetos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Junior Utzig.
Fonte: Governo do RS