Agroindústrias familiares comemoram os bons negócios na Expointer

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A Expointer terminou, mas já deixa saudades. No balanço feito pelos agricultores familiares do Pavilhão da Agricultura Familiar (PAF), os resultados superaram as expectativas. Durante nove dias da feira, os 337 expositores dos 166 municípios comercializaram R$ 8.106.105,43.

“A Expointer como um todo e o Pavilhão da Agricultura Familiar, especificamente, superaram as expectativas”, destaca Bruna Fogiato, diretora do Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria (Dafa), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Ela afirma que o Pavilhão teve recorde de vendas e de público, com os agricultores voltando para casa muito satisfeitos e alguns até com todos os produtos vendidos. “Foi um sucesso”, comemora.

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Entre os empreendimentos que comemoram as vendas está a primeira agroindústria de Porto Alegre, a Chácara Vila Nova Orgânicos. A maior produtora de morango orgânico do município e a primeira da agricultura familiar a produzir sorbet orgânico, sem glúten e sem lactose do país. Os produtores Luci Mara Silva Almeida e Obirajara Souza Almeida participaram pela segunda vez da Expointer e conseguiram comercializar o dobro dos produtos (geleias, sucos e molhos) comparado à edição do ano passado. “Trouxemos o sorbet de morango, uva e cacau para apresentar para o grande público e foi um verdadeiro sucesso. Vendemos 147 quilos na estréia do produto na feira”, comemora Luci.

A San Lúcio Laticínios, de Lajeado Grande (SC), participou pela primeira vez da feira e conquistou o terceiro lugar no 10º Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar com o doce de leite de ovelha. “A feira foi ótima. O nosso propósito de divulgar as ovelhas de leite da raça Lacaune e os seus produtos foi conquistado”, comemora o proprietário Anderson Bianchi. O estoque acabou antes do fim da feira, conta Anderson, e foi necessário buscar mais produtos para o último final de semana.

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A agroindústria Vovô Manoel, de São José dos Ausentes, que na última semana conquistou o selo de Indicação Geográfica (IG) Campos de Cima da Serra na modalidade Denominação de Origem, também esteve presente na Expointer. “A experiência foi muito boa, a feira abre muitas portas, traz um reconhecimento muito bom para o produto”, destaca Tayline Bitencourt, filha do proprietário. Segundo ela, as vendas superaram as expectativas e todos os cerca de 500 quilos de queijo foram vendidos. “Foi muito bom apresentar um produto ainda pouco conhecido, não tão popular fora da nossa região, e ver que as pessoas experimentavam, gostavam e elogiavam”.

O tricampeão da 10ª edição do Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar, na categoria salame tipo italiano (2017, 2021 e 2022), Embutidos Fioresi, também festejou o sucesso de vendas. “As vendas superaram nossas expectativas. Vendemos 30% a mais que a do ano passado”, afirmou o proprietário, Edgard Fioresi.

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O Pavilhão da Agricultura Familiar é resultado da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Fetag, Emater, Fetraf Sul e Via Campesina.

O total de negócios durante a 45ª Expointer chegou a R$ 7.1 bilhões, representando um crescimento de 164,67% em relação a 2019, o último ano em que a feira tinha ocorrido com presença totalmente liberada de público. Destaque ainda para o número de visitantes desta edição, o maior que se tem registro. Passaram pela feira 772,9 mil pessoas. Em 2019, foram 416 mil.

Texto: Maria Alice Lussani/Seapdr, com informações da Ascom/Mapa