ÁGUA

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Falando em chuva, e água, as culturas de verão consomem em média 600 milímetros de água por ciclo. Dados dos institutos de pesquisa. É isso que precisa chover no verão. Mas de preferencia de forma contínua, sem muitos períodos secos nem tudo concentrado numa vez só.

O que significam 600 milímetros? Sabemos que 1 milímetro de chuva corresponde a 1 litro de água em cada metro quadrado. Uma área de 1 hectare tem dez mil metros quadrados. Assim, 1 milímetro de chuva corresponde a 10 mil litros de água por hectare. Donde se conclui que as culturas de verão precisam de 6 milhões de litros de água por hectare.

Haja chuva.

Quanta água tem na chuva!

Agora, se um hectare produz 3 toneladas de soja, cada tonelada de soja consome 2 milhões de litros de água. E cada quilo de soja precisa de 2 mil litros de água para ser produzido.

Por outro lado, uma pessoa gasta 100 litros de água por dia. Mais ou menos 40 mil litros de água por ano. Ou seja, uma pessoa gasta água equivalente a produção de 20 kg de soja. Ou milho. Ou feijão.

Seguindo nas comparações. Outro dia, descobri que o Brasil paga 4 bilhões de reais, por dia, entre juros e amortizações da dívida pública. Os deputados aprovaram um auxilio para fazerem campanha de uns 4 ou 5 bilhões. O dinheiro dos deputados, para nós, simples mortais, é equivalente quase a uma mega sena. No entanto, é pouco comparado com o que os bancos consomem. Mesma coisa se formos pensar na chuva, e nas lavouras. Nem se percebe, porque nunca se fala em quanto custa a água. 1 milímetro aqui, outro ali. Mas são 2 milhões de litros de água para produzir uma tonelada de soja. E o Rio Grande produz umas 15 milhões de toneladas por ano. Um volume de água espetacular.

Como chove no Rio Grande, no verão!

E a água é tanto mais espetacular se levarmos em conta que é um fluido circulante. Chove, a terra retém, as plantas utilizam, da mesma forma que todos os animais. Depois, corre para os rios, para o oceano, evapora, chove de novo. Volta sempre limpinha.

Não se dá muita bola para isso, mas são volumes imensos, e fundamentais. Só se percebe quando falta.