CISMAS l Não tem como ser diferente

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Aliás, não tem como competir.
Já nem é mais “cismas”, mas sim, uma total certeza.
É aquele tal negócio: quando o adversário é mais forte, melhor é se unir a ele.
Levemos a situação como uma das melhores coisas que pode acontecer e, não, como se fosse uma frustração, pois que não tem outra saída para nós que somos pais.
A diferença é incomensurável, mesmo porque, não existe como medir.
Devemos isto sim, recolher-nos ao nosso tamanho e, participarmos efetiva e intensamente dos acontecimentos.
Isto é ponto pacífico.
Do que eu falo?
Eu falo do Dia das Mães.
Vocês vão entender, tenho certeza disso.
Este domingo, como todos os Dias das Mães, em todos os anos e em todos os tempos, sempre foi e será maior do que o Dia dos Pais.
Mãe é mãe.
Mãe só tem uma (diria o Joãozinho em sua redação na escola…um dia eu conto essa história), mesmo que nem tenha gestado o filho, que venha por adoção, a mãe é e será sempre insubstituível, por isso, a grandeza deste dia.
Nosso dia, o Dia dos Pais, é e sempre será um dia comum, chinfrim (sim, existe esta palavra no nosso dicionário), perto dos acontecimentos do Dia das Mães.
Lá no segundo domingo do mês de agosto…
Já começa que é mês de agosto, considerado o mês do azar… sexta-feira 13 de agosto…
Saibam que agosto nem existia no calendário romano; julho também não.
Foi em homenagem aos imperadores romanos César Augusto e Júlio César que estes meses foram instituídos no calendário gregoriano.
“Antes, agosto era chamado Sextilis e até então tinha só 30 dias, mas os puxa-saco de plantão, resolveram lhe acrescentar mais um dia.
E quem pagou o pato foi fevereiro que perdeu mais um dia, ficando com apenas 28”, explica o professor Carlos Felipe, especialista em folclore.
…dizem que se a pessoa “passa” o mês de agosto está livre de toda e qualquer intempérie, o mês de agosto é o mês do cachorro louco, o mês de agosto é o mês do lobisomem, o mês em que as noivas não casam, o mês que não se fecha negócios…e por aí vai…
Pois o segundo domingo do mês de agosto é o Dia dos Pais, que na véspera já fez as compras para os comes e bebes do seu próprio dia, que no domingo levanta cedo e vai providenciar o churrasco, que ganha umas pantufas, um pijama, ou uma cueca, ou talvez um sabonete…afinal de contas, é só uma lembrancinha…
Porque pai está elevado a uma segunda instância, caso contrário, não ganharia uma cueca, uma pantufa…ao passo que com as mães, até os pais são convocados não para tomar, mas para pagar o café encomendado e que bate na porta da casa às sete horas da manhã…quem vai atender a porta: o pai…
Daí para frente são flores, presentes com embrulhos mirabolantes, perfumes, blusas, sapatos, aquela bolsa que custa os olhos da cara e que jamais nós, homens, pagaríamos esta pequena fortuna por um receptáculo de couro, festerê dos filhos na cama junto com ela…e o pai, onde está o pai?
Na cozinha, cabisbaixo, colocando numa panela com água as batatas e os ovos que vão ser cozidos para a maionese do churrasco…
– Hoje a mãe está de folga! – gritam os filhos…quem faz o almoço é o pai!
Descanso total para as mamães! Isto não é um aviso, é uma ordem baixada pelos filhinhos e filhinhas, que não admitem nenhuma contestação…
Ah, e a louça também é o “papai” quem vai lavar…
Vai dizer que, não é assim?
Prezados pais, nós não temos como competir.
Dia das Mães é muito maior do que nossa vã filosofia possa compreender…aliás, compreender nós compreendemos, só que somos humildes, singelos, como que terceirizados neste dia e aceitamos a grandeza de as mães serem Mães.
Não temos como duvidar da magnanimidade, amplitude e representatividade deste dia.
Não tem como ser diferente.
Brincadeiras à parte, queremos desejar a todas as mamães um feliz e venturoso dia junto dos seus filhos e filhas, e que Deus sempre as proteja.
Que assim seja.